Manifestantes se concentraram na Praça Dante Alighieri, no Centro de Caxias do Sul, na tarde deste domingo (3). Eles protestaram contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ato contou com carro de som e buzinaço. O evento fez parte de uma mobilização nacional intitulada Reaja Brasil.
Em Caxias, o protesto foi organizado por grupos locais como a Associação Todos por Caxias e a Organização Por Uma Caxias Melhor. A ação teve apoio de lideranças políticas da cidade. Entre os organizadores estavam os vereadores Hiago Morandi (PL), Capitão Ramon (PL), Daiane Mello (PL) e Alexandre Bortoluz (PP), além de outros nomes da direita caxiense.
Segundo Hiago Morandi, a movimentação em Caxias do Sul aconteceu para que a cidade não ficasse de fora de uma manifestação. Segundo ele, esta manifestação “é tão importante em todo o Brasil”.
“A gente fez um alarme para hoje vir aqui, não deixar Caxias do Sul, não deixar a Serra de fora e fazer um pedido de ajuda, de socorro, que o Brasil está numa crise política, moral e judiciária também”, afirmou o vereador.
Entre as principais pautas levantadas no ato estavam a anistia a presos que os manifestantes consideram “políticos” e críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal. Morandi também defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A gente quer anistia para os presos políticos, a gente também quer um processo justo para o Jair Messias Bolsonaro, que está de tornozeleira e não foi nem julgado, ou está sendo proibido de falar com o próprio filho”, disse.
Mesmo com o tempo instável, a manifestação teve a presença de apoiadores do ex-presidente. O vereador estimou que cerca de duas mil pessoas participaram do ato.
“Faço manifestações aqui há 10 anos, mas, na minha visão, estavam em torno de 2 mil pessoas”, afirmou.
Um dos manifestantes era Rubens Carlos Carlin, de 81 anos.
“Sou um homem perfeitamente atualizado, tanto aqui no Brasil como fora do Brasil também. Sei muito bem aquilo que é certo e aquilo que é errado, e sei muito bem aquilo que os políticos estão pretendendo”, declarou o aposentado.
Reivindicações e ações pós-manifestação
Durante os discursos, os organizadores criticaram o que chamam de desequilíbrio entre os poderes da República e alegaram restrições à liberdade de expressão. Morandi também afirmou que o movimento pretende seguir com ações semelhantes na cidade.
“A gente vai continuar lutando e expondo para o mundo inteiro […] A Europa está vendo o que está ocorrendo aqui.”