A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 2.071/2022, que denomina “Rodovia Raul Anselmo Randon” o trecho da BR-116 entre Caxias do Sul e Vacaria, no Rio Grande do Sul. A deputada federal Denise Pessôa (PT-RS), que também preside a Comissão, foi a relatora da proposta, que valoriza a memória do fundador do Grupo Randon, um dos mais importantes conglomerados industriais da América Latina. O projeto agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), última etapa antes da votação em plenário.
A proposta foi protocolada em agosto de 2022 pelo então deputado federal Giovani Feltes (MDB). Os vereadores de Caxias do Sul, São Marcos, Campestre da Serra e Vacaria aprovaram moções de apoio ao projeto, sendo que a articulação partiu do deputado estadual Carlos Búrigo (MDB).
No parecer, a deputada Denise afirma que a companhia, nascida de uma pequena oficina em Caxias do Sul em 1949, hoje conta com operações em dezenas de países, filiais nos cinco continentes, mais de 7,8 mil empregos diretos no Brasil e ações listadas na Bolsa de Valores B3, com mais de 39 mil acionistas. A internacionalização da marca contribui para o fortalecimento da economia nacional e coloca Caxias do Sul em posição estratégica no setor industrial e logístico global.
“A trajetória de Raul Randon é a prova de que é possível construir um império industrial com ética, inovação e compromisso social. Dar seu nome a esse trecho da BR-116 é reconhecer a força do empreendedorismo brasileiro que transforma a realidade econômica e social de um território inteiro”, afirmou a deputada Denise Pessôa.
A deputada gaúcha também lembrou que o empresário Raul Randon se destacou pela atuação humanitária e pelo compromisso com a inclusão social. Em 1992, ele fundou o Instituto Elisabetha Randon, em homenagem à sua mãe dele, para promover a educação, a formação profissional e o desenvolvimento de comunidades. O Instituto tornou-se referência nacional em ações pautadas pelos princípios de ESG (ambiental, social e governança).
“Ao homenagear a mãe, Randon também celebrou os valores da solidariedade, da educação e do cuidado com o outro. O Instituto Elisabetha Randon é hoje um símbolo de transformação social e um legado que se mantém vivo”, completou Denise.
Randon morreu em 2018, aos 88 anos, e recebeu mais de 150 homenagens em vida, entre elas o título de Cidadão Caxiense, a Medalha do Conhecimento do Ministério do Desenvolvimento e o Doutor Honoris Causa pela Universidade de Pádua, na Itália.