Um incêndio de grandes proporções destruiu um dos pavilhões da empresa Tabone, em Caxias do Sul, na tarde desta terça-feira (22). O sinistro teve início por volta das 14h50min na rua Evaristo de Antoni, no bairro São José. A marca atua no segmento plástico decorativo, porém, a planta atingida pelo incêndio é de pintura e metalização. Não houve feridos.
De acordo com funcionários, as chamas teriam começado após um curto-circuito em uma cabine de pintura. Todos os trabalhadores foram evacuados rapidamente e não houve necessidade de intervenção médica.
Segundo o capitão Patrick, do Corpo de Bombeiros, foram utilizados mais de 110 mil litros de água durante o combate às chamas.
“Só o caminhão do Samae abasteceu três vezes, então só aí dá 60 mil litros d’água. E ainda tivemos cinco viaturas autobombas-tanques que abasteceram no mínimo duas vezes cada uma. O combate passou aí de 110 mil litros de água tranquilo”, relatou.
Ele acrescenta que, apenas na fase de rescaldo, ainda devem ser usados entre 20 e 25 mil litros de água.
Ao todo, 21 bombeiros participaram do combate no período mais crítico da ocorrência, com reforço de efetivos administrativos e da área de segurança contra incêndio.
“Salvamos muito mais do que foi perdido. Salvamos uma empresa de 3.100 metros quadrados, praticamente metade do complexo que foi preservada”, destacou o capitão.
Ainda segundo ele, a empresa possuía alvará de prevenção válido até o final de 2026, além de sistema hidráulico com 40 mil litros de água, que foi utilizado na fase inicial da ocorrência. Apesar disso, a intensidade das chamas impossibilitou o controle ainda no princípio do incêndio.
Risco de Explosão e Investigação dos Bombeiros
Um tanque de diesel localizado na parte frontal do prédio também foi atingido pelo calor e chegou a incendiar, o que elevou o risco da operação. A Brigada Militar auxiliou no isolamento da área para evitar explosões. Os bombeiros conseguiram conter as chamas antes que o material inflamável se alastrasse para residências vizinhas.
A perícia técnica será realizada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Ainda que as causas oficiais dependam da investigação, relatos iniciais de funcionários indicam que o fogo começou em uma cabine de pintura onde havia material inflamável armazenado, o que pode ter contribuído para a rápida propagação das chamas.