Tem gente que promete, faz planos, mas não os cumpre. Esse sujeito não faz o outro de bobo, faz a si mesmo. O outro tem a liberdade de “pular fora”. Mas como pular fora de si mesmo?
Existem pessoas que passam uma vida inteira se enganando. Talvez estejam tomados por uma depressão que, de tão companheira, não pode ser sentida, ser vista, muito menos tratada.
Passam o dia se queixando e planejando mudanças. Fazem promessas, lista de desejos. Esperam inconscientemente o gênio da lâmpada aparecer para lhe conceder seus pedidos.
São tão ausentes de si mesmos que diante da oportunidade de qualquer melhoria as desperdiçam. Estão mergulhadas em sua arrogância. Invejam o sorriso do outro, o bem estar do próximo. Ao invés de se unir, tentam arrancar a felicidade, diminuir, pisar, para assim se sentirem superiores.
Freud disse “Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo”. Quantos “Pedros” cruzam nossos caminhos? Pessoas que pouco tem a oferecer. Sabem apontar o que está ruim no outro, mas nada sabem de si.
“Compreender o momento presente requer recuo no passado”, Padre Fábio de Melo.
Refletindo sobre a minha própria história consigo identificar meus erros e acertos. Sempre há tempo para mudar. Basta querer. Tem gente que não quer. Nesses casos, fuja do outro, pule fora, antes que você também se torne um “Pedro” ou um “Paulo”.