Opinião

O que é fundamental na Harmonização? Comer Bem, e beber Bem!

O que é fundamental na Harmonização? Comer Bem, e beber Bem!


O assunto que não quer calar, e que deixa muitos na dúvida quando é hora de fazer bonito, seja um jantar para os amigos ou um jantar para família.

O jantar harmonizado, é algo que pode surpreender os telespectadores, comer pensando e beber rezando, é o momento que temos para relaxar e concentrar todas as sensações que nossos sentidos podem proporcionar, é buscar o casamento através da combinação de componentes e estruturas, harmonizar é o prazer das tentativas e do sucesso. Então, vamos destacar as principais dicas que podem nos servir agradavelmente.

O primeiro passo, a escolha do prato, isso ajuda e facilita na hora de pensar nas estruturas, afinal harmonizar é medir os componentes do prato e do vinho. Em seguida, adquira o conhecimento dos temperos e molhos deste prato. Terceiro analise a intensidade de sabor e peso do prato (leve, médio ou condimentado?).

*condimentado: é aquela picanha/costela com a gordurinha saltando do prato ou aquele molho rico em especiarias, bem cremoso que preenche o paladar e te faz salivar por uma taça de vinho.

Após isso, observe se há no prato algum possível inimigo para matar o vinho (vinagre ou limão, sim essa é a dupla que pode atrapalhar a harmonia do prato e vinho, então os evite). Seguindo, se baseei nas regras básicas e clássicas, carne vermelha com vinho tinto, carne branca com vinho branco, porém, não se apegue ou rotule apenas a isso, pois você pode e deve ousar. Imagine, um peixe com vinho tinto? Sim, certos peixes se dão muito bem com um tinto mais leve, menos alcoólico, com poucos taninos (sensação áspera no paladar) e sem passagem por madeira.

Pronto, se você decidiu harmonizar o aperitivo com espumante, a salada com um vinho branco, o prato principal com um vinho tinto e a sobremesa com um licoroso (que é doce e fortificado), seu convidados vão adorar. Pois aqui tivemos um equilíbrio de estruturas semelhantes.

E o que temos que entender, é que a harmonização vai depender de cada elemento do prato e da estrutura do vinho, resultando em um belo casamento. Há também a contra posição, que é exatamente o contrário, ao invés de colocar um vinho doce apenas com sobremesa, você pode…escolher um vinho licoroso que tem a doçura intensa e é bastante alcoólico, e casar com um queijo bem salgado, do estilo gorgonzola. Uauuu, que escolha.

Receita: após um dia de trabalho tumultuado, chegue em casa, corte o queijo gorgonzola em cubos, adicione uma gota de mel no queijo, e uma pitada de pimenta preta moída no mel, harmonize com um vinho de colheita tardia ou um licoroso (gelado). Tire as meias, sente na varanda e coloque os pés pra cima. Resultado: queijo salgado + vinho doce = garrafa vazia.

Dicas imperdíveis:

  • Vinho com mais taninos, comida mais gordurosa;
  • Pense mais no molho do que na carne, para escolher um vinho;
  • A intensidade de sabores de ambos deve ser a mesma, nenhum pode se sobressair,
  • O vinho deve ser mais ácido do que a comida;
  • Vinho doce (fortificado Porto, colheita tardia ou suave em si), harmoniza com sobremesas.
  • O espumante é um vinho muito versátil na harmonização, pois o gás carbônico ajuda limpar o paladar, e traz a refrescancia em boca, dando chance para variados pratos, é possível harmonizar espumante até mesmo com carne vermelha, desde que a estrutura do espumante seja alta e potente.

Principais sensações gustativas: Doce, salgado, amargo, ácido, picante e gorduroso.

Vinhos e suas duplas:

  • Chardonnay sem madeira & frutos do mar (ostra, salmão, etc);
  • Espumante rosé & feijoada (que maravilha);
  • Pinot Noir com madeira, & Bife a Bourguignon ou prato a base de cogumelos;
  • Vinho Sangiovese & espaguete a Bolognesa;
  • Vinho de corte (estilo Bordeaux) & Cordeiro;
  • Vinho do porto & chocolate meio amargo;
  • Vinho Tannat & churrasco;
  • Tinto Zinfandel (californiano) & hambúrguer;
  • Syrah & costela de gado (assada);