A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou por maioria o requerimento do vereador Rafael Bueno (PDT) que sugeria a implantação de um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investir a saúde pública no município. Bueno, que por muito anos presidiu a comissão especial do tema no legislativo argumentou que o “problema era crônico mas se agravou”. Ainda segundo Bueno, as investigações se concentrarão na “suposta ineficiência na gestão das Unidades de Pronto Atendimento e as possíveis negligências na prestação de serviços a população”. Comenta-se que a CPÌ também terá enfoque na temática da ampliação do Hospital Geral.
O requerimento teve apoio de 15 vereadores, incluindo vereadores do PTB que compõe a base de governo. O prefeito Adilo Didomenico disse respeitar a autonomia do legislativo mas não considerava que a questão não caberia uma CPI pois os dados sobre a situação da saúde no município são públicos e estão disponíveis.
Apesar do tema ser muito sensível, toda CPI tem repercussão além do tema e desdobramentos políticos. Aliás, CPIs não são algo comum na política caxiense. De menor relevância existiu a CPI da telefonia mais atenta aos problemas na área rural, na época sugerida pelo ex-vereador Arlindo Bandeira. De maior impacto, a última CPI que movimentou o cenário político foi a CPI da Samae em 1999, que investigava na gestão do prefeito Pepe Vargas (PT) a possível compra de hidrômetros sem licitação, o que acabou acarretando na época no afastamento do presidente da SAMAE.
Conforme o regimento interno da Câmara de Vereadores, a CPI tem duração prevista de 120 dias para apurações, inquirir testemunhas e praticar todos indispensáveis para a investigação dos fatos.
Estaremos atentos para os próximos capítulos, que certamente, pautarão nossa coluna e também o cenário político da cidade.