Nessa última semana me deparei duas vezes com o seguinte termo: positividade tóxica. A expressão, atualmente também chamada de felicidade de instagram, está cada vez fazendo mais sentido para mim.
Não sei vocês, mas eu fui me acostumando a esconder sentimentos ruins como vergonha, tristeza, medo… Muitos de nós, inclusive, tivemos esse tipo de sensação deslegitimada quando pequenos.
Fomos ensinados que é bobagem ter temor do escuro, sentir dor quando sofremos uma queda ou chorar por conta de uma nota baixa. Tudo tolice.
Na verdade, faz pouco tempo que os sentimentos das crianças começaram a ser validados. E, quando isso acontece, tanto com os pequenos quanto com os adultos, é possível acolher essa dor, identificar e nomeá-la.
Fala-se tanto em autoconhecimento, talvez porque pouco foi nos permitido entender o que realmente estava se passando com as nossas emoções.
Chegamos à maioridade acostumados a representar estarmos sempre felizes, realizados, contentes e sem problemas ou tristezas. Muitos livros também reforçam essa utopia, ensinando que só tem sucesso quem alcança a felicidade plena.
Dificilmente alguém estará sempre feliz. Realmente isso só é possível no mundo das redes sociais. A bem da verdade é que todo Ser Humano tem seus “dias de cão”. Isso faz parte de Ser Humano.