INVESTIMENTOS

R$ 80 milhões: obras prometem acabar com alagamentos em Caxias do Sul

Maior pacote de obras da história do município contemplará 35 bairros e pretende reduzir alagamentos em até 90%

Foto: Marina Tusset / Grupo RSCOM
Foto: Marina Tusset / Grupo RSCOM

Em evento realizado na noite desta quinta-feira (10), a Prefeitura de Caxias do Sul e o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) anunciaram o maior pacote de obras de saneamento da história do município. Ao todo, serão investidos R$ 80 milhões em obras de esgoto, água e drenagem, com licitações distintas e previsão da primeira ser aberta até o fim de maio.

Dividido em três pacotes distintos, o projeto prevê intervenções em 83 ruas, abrangendo 35 bairros da cidade. O objetivo central, segundo o diretor-presidente do Samae, João Uez, é reduzir em até 90% os alagamentos registrados em áreas críticas de Caxias.

Além dos investimentos anunciados nesta noite, o secretário de Obras, Lucas Suzin, informou que a Prefeitura também destinará R$ 58 milhões para a construção de um túnel de drenagem na rua Matteo Gianella — uma das regiões mais afetadas por alagamentos — e outros R$ 40 milhões para a implantação de tanques de contenção (os chamados “piscinões”) e redes auxiliares de escoamento.

Outro ponto destacado durante a cerimônia foi o compromisso da Prefeitura com a pavimentação das vias. O vice-prefeito Edson Néspolo garantiu que, após a conclusão das obras de saneamento, todas as ruas que hoje são de paralelepípedo e forem contempladas pelas melhorias também receberão asfalto.

As intervenções devem ocorrer por meio de diferentes modalidades de licitação, conforme o tipo de obra e o cronograma estabelecido pela gestão municipal.

Durante o anúncio, o diretor-presidente do Samae, João Uez, destacou que a totalidade dos recursos é proveniente da arrecadação mensal da população com a conta de água. Segundo ele, o pacote foi cuidadosamente dividido em três blocos licitatórios para atrair empresas comprometidas e com capacidade de execução, reduzindo os riscos de paralisação:

“Nós poderíamos fazer 83 licitações, mas por isso que a gente junta em três pacotes com um número considerável, um valor expressivo até para que empresas, muitas vezes, da região venham trabalhar aqui. A gente tem empresas qualificadas não só aqui na região, mas no Brasil todo, mas eu sou muito paroquiano, eu defendo muitas empresas aqui da região porque a gente sabe onde é que é a sede, a gente tem como chegar, conversar muitas vezes, para não correr o risco, exatamente, muitas vezes, de empresas de muito longe que não conhecem a realidade, participam só pela internet e acabam não dando conclusão. Então, por isso que foi dividido em três pacotes e é muito importante salientar que são 80 milhões de recursos próprios do Samae, oriundos da cobrança de água mensalmente que está lá, enfim, guardado e eu prefiro ter 80 milhões investidos em obras na cidade do que ter 80 milhões gerando juros.”

Balanço dos 100 dias de governo

Em um breve balanço das ações realizadas pelo governo nos primeiros 100 dias de segundo mandato, Adiló ressaltou conquistas como o andamento do caso Magnabosco, o serviço de telemedicina, bem como as licitações em andamento para obras de quatro UBSs. Ao mencionar a demanda pela UPA da zona Sul, Adiló confirmou, também, a construção de uma policlínica na região, em parceria com o governo federal. Segundo ele, será a primeira na história da cidade. O prefeito também ressaltou a construção de seis tanques de amortecimento, quatro com financiamento do BRDE (Banco Regional do Desenvolvimento) e dois por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Sobre as pavimentações asfálticas, Adiló esclareceu que a ação só será realizada após a conclusão total das obras no local. A exemplo da rua Júlio Calegari, o prefeito afirmou que não serão asfaltadas vias onde ainda há problemas de saneamento.

Adiló também anunciou a realização de um acordo do município com o Banrisul para a viabilização da construção de cinco pavilhões para acomodar os recicladores que tradicionalmente se reúnem na rua Cristóforo Randon, nos arredores do estádio Centenário.

Por fim, Adiló garantiu que, apesar do investimento robusto em saneamento, setores como saúde, educação e segurança não ficarão desamparados.