
Quando se fala em rivalidade tecnológica, poucos duelos são tão lendários quanto o de Apple e Samsung. Mas, segundo informações divulgadas por um importante site americano, essa disputa acaba de ganhar um novo e surpreendente capítulo. A Apple estaria recorrendo justamente à sua principal concorrente para resolver um problema estratégico: fortalecer a IA do iPhone e evitar ficar para trás na corrida global da inteligência artificial móvel.
Uma aliança improvável em nome da inteligência artificial
A informação, revelada pela SamMobile, indica que a Apple está negociando com a Samsung o fornecimento de novos módulos de memória LPDDR5X — os mesmos usados em dispositivos premium da linha Galaxy. Essa tecnologia seria essencial para suportar as funções avançadas da IA do iPhone, que exigem mais poder de processamento e eficiência energética para executar tarefas complexas localmente, sem depender totalmente da nuvem.
Essa aproximação causa espanto porque, historicamente, as duas gigantes disputam espaço em praticamente todos os segmentos — das telas às câmeras e até mesmo ao marketing. Ainda assim, a parceria faz sentido do ponto de vista técnico: a Samsung é uma das líderes mundiais na produção de memórias de alto desempenho e componentes essenciais para o funcionamento dos chips móveis mais modernos.
O novo desafio da Apple: manter o ritmo da corrida da IA
Nos últimos meses, a Apple tem mostrado preocupação com o avanço da concorrência em inteligência artificial. Enquanto a Samsung e a Google vêm lançando smartphones equipados com assistentes generativos e recursos de IA embarcados, a Apple ainda busca consolidar seu ecossistema de aprendizado de máquina com o “Apple Intelligence”.
O problema é que, para entregar a experiência prometida, o hardware dos modelos básicos do iPhone precisa acompanhar o salto tecnológico — e é aí que a Samsung entra na história.
A expectativa é que os próximos iPhones recebam módulos de 12 GB de RAM LPDDR5X, o que deve permitir rodar modelos de IA com maior fluidez. Isso pode transformar desde a forma como o usuário edita fotos até o modo como o iPhone compreende comandos de voz e gera resumos inteligentes.
Rivalidade que move o mercado
Curiosamente, essa “dependência estratégica” da Apple em relação à Samsung reforça o quanto o mercado mobile se tornou interdependente. Enquanto uma fabrica chips, a outra lidera em software; e, juntas, moldam o ritmo da inovação. A rivalidade, portanto, deixa de ser apenas uma disputa e se torna um equilíbrio de forças — um precisa do outro para continuar avançando.
O que esperar dos próximos iPhones
Se a informação se confirmar, o salto de desempenho da IA do iPhone pode marcar o início de uma nova geração de aparelhos mais inteligentes, capazes de operar modelos de linguagem e visão artificial diretamente no dispositivo. O consumidor deve perceber diferenças reais na velocidade de resposta, na eficiência energética e, principalmente, na capacidade de personalização das funções do iPhone.
No fim das contas, o que parecia improvável pode se tornar a principal jogada de bastidores do ano: a Apple, símbolo de independência tecnológica, recorrendo à Samsung para dar o empurrão que faltava à sua inteligência artificial. E se isso der certo, o resultado pode redefinir a próxima década de inovações nos smartphones.