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Óculos inteligentes Ray-Ban Meta podem ameaçar a privacidade, segundo colunista do The New York Times

Óculos inteligentes Ray-Ban Meta - Foto: Divulgação
Óculos inteligentes Ray-Ban Meta - Foto: Divulgação

Os óculos inteligentes Ray-Ban Meta foram apontados como uma potencial ameaça à privacidade, de acordo com o colunista Brian X. Chen, do The New York Times. Os óculos inteligentes foram lançados em setembro de 2023, e combinam um design clássico com funcionalidades avançadas como assistente pessoal com inteligência artificial. Com câmera de 12 MP que tira fotos e grava em Full HD e salva em memória de 32GB, possuem dois módulos discretos ao lado de cada lente.

Além disso, os usuários podem transmitir em tempo real o que veem e ouvem, apoiados por assistentes virtuais, e até compartilhar diretamente no Facebook. A coleção Ray-Ban Meta oferece uma variedade de 21 opções entre modelos, cores e tipos de lentes, incluindo as versões Wayfare e Wayfare Large, além do novo design Headliner, que apresenta uma estética retro e oferece um ajuste universal. Esses óculos representam uma integração inovadora de estilo clássico com tecnologia avançada.

Há uma luz LED na armação, indicando quando o usuário está capturando imagens ou gravando vídeos. Caso seja uma foto, a luz terá um breve piscar, enquanto, para vídeos, permanecerá acesa durante a gravação. Esse recurso representa uma tentativa de alertar as pessoas de que estão sendo fotografadas e gravadas. A Meta expressou em comunicado: “Sabemos que se quisermos normalizar os óculos inteligentes na vida cotidiana, a privacidade deve estar em primeiro lugar e ser integrada em tudo o que fazemos”

Óculos inteligentes Ray-Ban Meta - Foto: Divulgação
Óculos inteligentes Ray-Ban Meta - Foto: Divulgação

Entretanto, apesar de a luz indicativa do dispositivo estar ativa, nenhum indivíduo percebeu ou confrontou o jornalista durante as filmagens realizadas em locais públicos. Outra preocupação levantada pelo repórter está relacionada à perda de concentração. Ele garante que a distração não se limitou a momentos incomuns, como no trânsito, onde a luz dos faróis de outros veículos causava um “forte efeito estroboscópico azul pelas lentes dos óculos”. Chen também destacou que os óculos inteligentes Ray-Ban Meta interferiram em sua capacidade de se concentrar durante atividades comuns, como a prática de escalada e até mesmo no trabalho diário diante do computador.

O colunista também não vê muita inovação no dispositivo: “não oferecem muito mais do que já podemos fazer com nossos smartphones”, de acordo com Chen. Apesar das críticas, o jornalista observou que os óculos foram eficazes ao documentar situações do dia a dia que normalmente seriam desafiadoras, como cozinhar e passear com os cachorros.

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