INICIO DO UNIVERSO

Entenda de forma definitiva a teoria do Big Bang

Ciclo de vida das estrelas
Foto: Freepik

O Big Bang é uma das teorias mais aceitas para explicar a origem do universo. Embora o nome possa sugerir uma explosão, o evento não foi exatamente uma explosão no espaço, mas a expansão repentina de um ponto extremamente denso e quente, conhecido como singularidade. A partir desse momento inicial, o universo começou a se expandir e a evoluir para o que conhecemos hoje.

O que foi o Big Bang?

A teoria do Big Bang propõe que o universo teve um começo e que ele se originou de um estado de densidade e temperatura infinitamente altas, cerca de 13,8 bilhões de anos atrás. Antes desse evento, não havia espaço, tempo ou matéria. O termo “Big Bang” foi cunhado em 1949 pelo físico Fred Hoyle, embora ele fosse um crítico da teoria. Ironicamente, o nome pegou, e desde então tem sido usado para descrever esse evento cósmico.

Nos primeiros instantes após o Big Bang, o universo era incrivelmente quente e denso. No primeiro segundo, a temperatura era tão alta que partículas fundamentais, como prótons e nêutrons, ainda não haviam se formado. À medida que o universo se expandia e esfriava, essas partículas começaram a surgir e se unir, eventualmente formando átomos, estrelas e galáxias.

O que aconteceu imediatamente após o evento?

Logo após o Big Bang, o universo passou por uma fase conhecida como inflação cósmica, um período de rápida expansão. Durante essa fase, o universo cresceu exponencialmente em um curto intervalo de tempo. Essa expansão rápida explica por que o universo parece homogêneo em larga escala, ou seja, por que a radiação cósmica de fundo, que é o “eco” do Big Bang, é tão uniforme em todas as direções.

Após a fase de inflação, o universo continuou a se expandir, mas em um ritmo mais lento. Nesse período, as primeiras partículas subatômicas começaram a se formar, e depois de aproximadamente 380 mil anos, os primeiros átomos apareceram. Essa era, conhecida como “Recombinação”, é quando os elétrons se ligaram aos prótons, formando átomos de hidrogênio, o elemento mais abundante no universo.

Entenda de forma definitiva a teoria do  Big Bang
Foto: Freepik

As evidências

Uma das principais evidências do Big Bang é a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB), descoberta em 1965 pelos cientistas Arno Penzias e Robert Wilson. Essa radiação é uma espécie de “resíduo” do calor gerado pelo Big Bang e permeia todo o universo, sendo observada em todas as direções. A existência dessa radiação é uma forte confirmação da teoria, pois indica que o universo começou a partir de um estado quente e denso.

Outra evidência importante é a expansão contínua do universo. O astrônomo Edwin Hubble descobriu, no final dos anos 1920, que as galáxias estão se afastando umas das outras. Isso indica que, no passado, o universo era muito menor e mais concentrado. A observação da expansão cósmica é uma das pedras angulares da teoria do Big Bang.

As perguntas sem resposta

Embora a teoria do Big Bang seja amplamente aceita, ainda há questões sem resposta. Por exemplo, o que causou o Big Bang? O que existia antes dele? Essas são perguntas que permanecem abertas na cosmologia moderna.

Outra questão intrigante é o destino final do universo. A teoria do Big Bang sugere que o universo continuará a se expandir, mas os cientistas ainda discutem se ele se expandirá indefinidamente, se haverá uma desaceleração seguida de um colapso (conhecido como Big Crunch), ou se ocorrerá um Big Rip, em que a expansão se acelera a tal ponto que desintegra todas as estruturas do universo.

O Big Bang é a teoria mais aceita para explicar a origem do universo. Ele marca o início do tempo e do espaço como os conhecemos, a partir de uma singularidade extremamente quente e densa. Embora a ciência tenha feito grandes progressos na compreensão do que ocorreu após o Big Bang, muitas questões ainda estão em aberto, especialmente sobre o que precedeu esse evento e qual será o destino final do universo.