O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação (Sindilimp) ingressou com uma ação coletiva na Justiça do Trabalho contra a empresa Syltec Serviços, que mantinha contrato com a prefeitura de Farroupilha. A medida levou à suspensão temporária do repasse de valores do município à empresa, o que resultou no atraso do pagamento dos salários das trabalhadoras terceirizadas.
Em mensagens internas trocadas entre funcionárias e que a reportagem teve acesso, a empresa informou que o pagamento “não será feito na data de hoje (ontem, terça 7/10), tendo em vista uma ação judicial movida pelo Sindicato que solicitou que a Prefeitura não mais liberasse valores para a nossa empresa”.
De acordo com o Sindilimp, o contrato entre a Syltec e o município envolve 84 trabalhadoras e está em fase final. A entidade denuncia irregularidades nos depósitos de FGTS e suposta coação por parte da empresa, que estaria tentando fazer com que funcionárias assinassem acordos mútuos de rescisão sob ameaça de férias coletivas ou até de autofalência.
O presidente do sindicato, Henrique Silva, explicou que a ação busca proteger os direitos das trabalhadoras e garantir que todas as verbas rescisórias sejam pagas corretamente.
“Encaminhamos uma ação coletiva solicitando o bloqueio dos valores do contrato para assegurar os direitos das trabalhadoras. O sindicato está acompanhando todo o processo jurídico e oferecendo cobertura completa a quem está diretamente ligada à entidade”, afirmou Silva.
O Juiz do Trabalho responsável pelo caso determinou a notificação da Syltec e da Prefeitura de Farroupilha e deve agendar uma audiência de mediação na próxima semana. Após a decisão, o sindicato pretende realizar uma reunião com as trabalhadoras para repassar as informações sobre o andamento da ação.