TRABALHO

Cidades da Serra Gaúcha são as que mais empregam migrantes no RS

Caxias, Vacaria e Flores da Cunha lideram as admissões; entre as nacionalidades, venezuelanos são a maioria, seguidos por argentinos e paraguaios. Saiba mais

Cidades da Serra Gaúcha são as que mais empregam migrantes no RS

O Rio Grande do Sul ampliou sua força de trabalho migrante de forma expressiva em 2025. Até abril, o estado já contabilizava 48.144 vínculos formais de migrantes, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da RAIS. O número representa um salto de 13% em relação ao total registrado em todo o ano de 2024 (42.644).

No primeiro quadrimestre de 2025, migrantes ocuparam 5.500 novos postos de trabalho no estado, resultado de 26.916 admissões e 21.416 desligamentos. Apenas Paraná (7.226) e Santa Catarina (7.101) superaram o saldo positivo do RS, que cresceu 16% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Janeiro liderou o ritmo de contratações, com 9.579 admissões, impulsionadas pelas safras de maçã e uva. A agropecuária puxou as contratações com 10.748 vagas, seguida pela indústria (8.377), serviços (3.430), comércio (3.346) e construção (1.015). Frigoríficos de abate de aves (1.838) e suínos (779) também protagonizaram as admissões no campo industrial.

Municípios com Maior Contratação de Migrantes

Entre os municípios que mais contrataram migrantes entre janeiro e abril de 2025, Caxias do Sul liderou com 4.199 admissões. Vacaria, que registrou 3.013 novas contratações, apresentou crescimento de 82% em relação ao mesmo período de 2024. Bento Gonçalves (1.117 admissões) cresceu 78% e Garibaldi (690) avançou 76%.

Confira os dez municípios que mais contrataram migrantes no quadrimestre

  • Caxias do Sul – 4.199
  • Vacaria – 3.013
  • Flores da Cunha – 1.261
  • Erechim – 1.184
  • Porto Alegre – 1.183
  • Bom Jesus – 1.158
  • Bento Gonçalves – 1.117
  • Passo Fundo – 1.040
  • Garibaldi – 690
  • Farroupilha – 649

Nacionalidade dos Migrantes Contratados

Em relação à nacionalidade, venezuelanos formaram a maioria dos trabalhadores migrantes admitidos no período, com 40,1% do total. Em seguida vieram argentinos (29,6%), paraguaios (14%), haitianos (5,4%), cubanos (3,8%) e uruguaios (2,9%).

Contratações de paraguaios dispararam 200%, seguidas por aumentos expressivos na admissão de cubanos e peruanos, ambos com 89% de crescimento.

O mercado de trabalho no RS tem absorvido essa mão de obra em ritmo crescente, com destaque para setores que demandam força intensiva e sazonal, como agroindústria, colheitas e frigoríficos.