O aumento no preço dos ovos nos Estados Unidos, chamado de “eggflation” – junção das palavras em inglês “ovo” (egg) e “inflação” (inflation) -, tem como origem um surto de gripe aviária que atinge diversas regiões dos EUA, e já provocou a morte de milhões de galinhas, levando a um grande desabastecimento do produto e, como consequência, o aumento exorbitante no preço do produto. E, esse problema enfrentado pelos americanos, vai impactar no bolso dos gaúchos. A exportação do produto, inclusive feita por uma empresa com sede na Serra Gaúcha – em Vacaria – e a forte onda de calor, aumentam o valor dos ovos.
Fazendo a conversão do preço da dúzia dos ovos em dólar, os americanos pagam o equivalente a R$ 90,00 por 12 unidades do produto.
Como se exporta ovo?
Os ovos em casca são acomodados em bandejas de 30 unidades, feitas de estrutura mais resistente, com o casulo (espaço onde vai o ovo) reforçado para suportar os percalços do translado. Eles precisam chegar ao destino em 30 dias para ter mais 30 de validade.
Nos ovos líquidos, a casca é retirada e a gema e a clara são separadas e pasteurizadas. O envaze vai de embalagens de um quilo a cinco quilos — esta última para uso de bordo em aviões, por exemplo. As embalagens maiores, de uma tonelada ou uma carreta de tanque, abastecem a indústria alimentícia.
Já o ovo em pó é o produto desidratado. Pode ser tanto a clara e a gema separados quanto a mistura do ovo integral. O transporte propriamente dito é feito por via marítima, em contêineres ou caminhões frigoríficos carregados em navios, os mesmos que levam carnes e frutas para outros países.