
A confirmação veio com estilo: depois de meses de teasers e flagras camuflados, a General Motors do Brasil finalmente revelou a primeira imagem oficial da traseira do Chevrolet Sonic 2026, SUV derivado do Onix que promete movimentar o mercado a partir do primeiro semestre de 2026. Com visual robusto, lanternas em LED interligadas e proporções de utilitário urbano, o modelo chega para enfrentar uma disputa acirrada com VW Tera, Fiat Pulse, Renault Kardian e Citroën C3 Aircross, todos posicionados na mesma faixa de preço e voltados ao público que busca um SUV compacto com estilo e tecnologia sem custar caro.
A imagem, publicada nas redes da marca, mostra um carro com identidade visual própria, lanternas em LED interligadas e um design robusto, marcando o início da ofensiva da GM no segmento de entrada. Mais do que apenas um novo produto, o Chevrolet Sonic representa uma aposta estratégica para ocupar a faixa de mercado entre o Onix e o Tracker — hoje dominada por rivais como Fiat Pulse, Renault Kardian e o próprio Tera da Volkswagen.
Chevrolet Sonic 2026: o novo SUV que nasce da plataforma do Onix
O Chevrolet Sonic 2026 será produzido em Gravataí (RS), na mesma planta do Onix e Onix Plus. A GM aproveitou a plataforma GEM para desenvolver um SUV de caráter urbano, com dimensões compactas, mas presença marcante. A proposta é unir o que o público já reconhece como pontos fortes do Onix — dirigibilidade, conforto e eficiência — com o visual e a postura mais imponentes de um utilitário.
Embora compartilhe a base mecânica com o hatch, o Sonic terá design completamente exclusivo. A dianteira deve adotar o novo padrão global da Chevrolet, com faróis divididos em dois níveis, luzes diurnas em LED e grade mais larga. Na traseira, o destaque vai para o conjunto óptico horizontal que dá sensação de largura e modernidade. Esse conjunto visual reforça a ideia de um SUV compacto, mas com linguagem de carro global, pronta para competir de igual para igual com o VW Tera.
Mecânica e motores: tudo indica a presença do 1.0 turbo flex
Ainda sem ficha técnica oficial divulgada, tudo aponta que o Chevrolet Sonic 2026 trará o conhecido motor 1.0 turbo flex de três cilindros — o mesmo usado no Onix e no Tracker — com cerca de 116 a 121 cv e torque entre 17 e 19 kgfm, sempre acoplado ao câmbio automático de seis marchas. Essa configuração equilibra desempenho e consumo, atendendo bem ao público que busca eficiência sem abrir mão da força em retomadas.
Fontes internas indicam que haverá também versões com motor 1.0 aspirado para reduzir o preço inicial, além da possibilidade de um 1.2 turbo nas versões mais caras, caso a GM queira bater de frente com o Pulse Abarth e futuras versões esportivas do Tera.
A marca não descarta, ainda, versões com tecnologia mild hybrid (MHEV) no futuro — um movimento que acompanharia a tendência global de eletrificação leve para reduzir emissões e consumo.
Design e cabine: um salto em estilo e conectividade
Enquanto o Onix aposta na simplicidade, o Chevrolet Sonic deve subir o nível. O interior deve trazer um novo painel, inspirado em modelos internacionais da GM, com multimídia maior, acabamento em materiais de melhor textura e quadro de instrumentos digital.
A aposta da marca é unir praticidade e sofisticação num pacote acessível, com recursos como carregamento por indução, espelhamento sem fio e Wi-Fi integrado — diferenciais que devem reforçar o apelo urbano e tecnológico do carro.
Nos flagras internos, percebe-se um layout limpo, mais horizontal e com central multimídia flutuante. Essa modernização busca atender um público mais jovem e conectado, o mesmo que hoje se divide entre Pulse, Kardian e Tera.
Posicionamento no mercado: um rival direto do VW Tera
A General Motors sabe que o Chevrolet Sonic 2026 chegará em um campo de batalha competitivo. O modelo será posicionado abaixo do Tracker, ocupando o espaço do SUV compacto de entrada.
Os principais adversários serão Fiat Pulse, Renault Kardian, Citroën C3 Aircross e, claro, o Volkswagen Tera, que promete ser o novo fenômeno da categoria quando chegar em 2025.
O Tera, por sua vez, trará motor 1.0 turbo flex, transmissão automática e design esportivo — exatamente o mesmo território em que o Sonic pretende atuar. A GM aposta no conjunto nacionalizado e na robustez da rede Chevrolet como trunfos para conquistar o público que busca um SUV urbano, bonito e eficiente, mas sem o preço elevado de modelos médios.

Estratégia da GM: preencher todas as lacunas
Com o Chevrolet Sonic, a GM completa o ciclo iniciado pelo Onix e consolidado pelo Tracker. O objetivo é oferecer uma linha 100% nacional que cubra todas as faixas do segmento compacto: hatch, sedã e SUV.
O projeto, batizado internamente de “Carbon”, mostra como a marca quer padronizar produção e reduzir custos, apostando em escala para oferecer um SUV competitivo em preço e acabamento.
Além do Brasil, o modelo também será exportado para mercados da América do Sul, fortalecendo o papel de Gravataí como polo estratégico da GM na região. Essa política reforça o compromisso da marca com o país, após anos de rumores sobre redução de investimentos locais.
O desafio de encarar o Tera e o público brasileiro
A disputa entre Chevrolet Sonic e VW Tera promete ser uma das mais intensas de 2026. Enquanto o Volkswagen aposta em design futurista e na força da marca, a GM confia no apelo emocional do Onix — o carro mais vendido do Brasil por vários anos — e no peso do nome Sonic, que volta em nova roupagem.
O sucesso, no entanto, vai depender de uma equação delicada: preço competitivo, design marcante e tecnologia real, não apenas cosmética. Se conseguir equilibrar esses três pontos, o Sonic tem chances reais de ameaçar a hegemonia que a Volkswagen busca construir no segmento subcompacto.