Esses 3 cuidados simples evitam superaquecimento do motor no inverno

Evite surpresas no frio: veja 3 cuidados simples que protegem seu carro do superaquecimento do motor no inverno.

Esses 3 cuidados simples evitam superaquecimento do motor no inverno
Esses 3 cuidados simples evitam superaquecimento do motor no inverno

No frio intenso das manhãs de inverno, muitos motoristas acreditam que o superaquecimento do motor é algo exclusivo dos meses de calor. Mas essa suposição pode custar caro. O risco de superaquecimento continua presente no frio — e, em alguns casos, pode até aumentar, devido ao descuido com a manutenção preventiva e ao mau funcionamento de componentes essenciais do seu carro. Entender como o motor reage em baixas temperaturas é o primeiro passo para protegê-lo de panes que deixam você a pé e com prejuízo no bolso.

3 cuidados que evitam o superaquecimento do motor no inverno

1 – Verifique o sistema de arrefecimento antes de tudo

Grande parte dos casos de superaquecimento do motor, em qualquer estação do ano, está relacionada ao sistema de arrefecimento — responsável por manter a temperatura ideal de funcionamento. No inverno, o motor pode demorar mais para atingir essa temperatura, o que exige que o sistema funcione com perfeição.
É essencial verificar o nível e a qualidade do fluido do radiador (também conhecido como aditivo do sistema de arrefecimento). O ideal é usar uma mistura de água desmineralizada com aditivo na proporção recomendada pelo fabricante, pois isso evita tanto o congelamento quanto a corrosão interna.
Além disso, vale checar a tampa do reservatório, o estado das mangueiras, e se há sinais de vazamentos. Um vazamento mínimo, imperceptível, pode ser suficiente para causar um superaquecimento depois de alguns quilômetros rodando.

2 – Não ignore o funcionamento da válvula termostática

Esse é um item frequentemente negligenciado pelos motoristas, mas que tem papel crucial no controle de temperatura do motor. A válvula termostática regula o fluxo do líquido de arrefecimento, abrindo ou fechando a passagem entre o motor e o radiador conforme a necessidade térmica.
Se ela estiver travada fechada, o líquido não circula como deveria e o superaquecimento ocorre rapidamente, mesmo no frio. Já se estiver travada aberta, o motor pode demorar para aquecer e operar com baixa eficiência.
Em ambos os casos, o desempenho do carro é afetado, o consumo de combustível aumenta e a durabilidade do motor pode ser comprometida. Por isso, sempre que for fazer revisão, peça para o mecânico verificar a válvula — principalmente se você notar que a temperatura do motor sobe demais ou demora muito para estabilizar.

3 – Deixe o carro “esquentar” antes de sair dirigindo com força

Muitos motoristas mais antigos tinham o hábito de deixar o carro ligado por alguns minutos antes de sair, especialmente nas manhãs geladas. Apesar de os carros mais modernos dispensarem esse aquecimento prolongado, ainda é recomendável esperar alguns segundos antes de sair dirigindo com acelerações fortes.
Durante esse período inicial, o óleo do motor ainda está frio e mais viscoso, o que dificulta a lubrificação eficiente das peças internas. A bomba d’água também precisa de tempo para distribuir corretamente o líquido do sistema de arrefecimento.
Portanto, ligue o carro, espere de 30 a 60 segundos e comece a rodar suavemente. Isso ajuda o motor a alcançar a temperatura ideal de trabalho de forma segura, sem exigir demais de componentes que ainda estão frios. Um pequeno cuidado que aumenta a vida útil do motor — e reduz as chances de pane por superaquecimento.

Superaquecimento no inverno não é lenda urbana

Imagine rodar em uma manhã de 3 °C, quando o carro aparenta estar “mais pesado”, e de repente perceber o ponteiro da temperatura se aproximando do vermelho. A sensação de surpresa é grande, mas não é raro. Em oficinas mecânicas, os relatos de superaquecimento no frio aumentam principalmente em carros que rodam pouco, estão com revisões atrasadas ou usam fluido de arrefecimento vencido.
Isso mostra que o problema não se resume a calor excessivo do ambiente, mas sim ao desequilíbrio interno do sistema que controla a temperatura do motor.

Outros fatores que agravam o risco no frio

• Falta de manutenção no eletroventilador (ventoinha do radiador), que pode falhar no acionamento automático.
• Uso de aditivo vencido ou de baixa qualidade, que perde propriedades anticorrosivas e antifervura.
• Acúmulo de sujeira ou lama no radiador, dificultando a troca de calor com o ar externo.
• Sistema de escape entupido ou catalisador ineficiente, que aumenta a carga térmica no motor.
Todos esses fatores são agravados pela baixa temperatura externa, pois dificultam o equilíbrio térmico e fazem o sistema trabalhar sob maior estresse.

Sinais de alerta para agir rápido

Fique atento a sintomas como cheiro de queimado, luz de temperatura acesa no painel, vapor saindo do capô ou falhas no funcionamento. Se perceber qualquer um desses sinais, pare o carro imediatamente e aguarde o motor esfriar. Nunca abra o reservatório de água com o motor quente.
Se tiver dúvidas, chame um mecânico. Forçar o motor superaquecido pode causar danos graves, como empenamento do cabeçote e queima da junta.

Evitar o superaquecimento do motor no inverno não exige grandes investimentos — só atenção e manutenção básica. Com uma simples verificação do fluido do radiador, atenção ao funcionamento da válvula termostática e respeito ao tempo de aquecimento antes de sair, você reduz drasticamente o risco de danos. E isso significa menos gastos com oficina, mais segurança no dia a dia e maior durabilidade do seu carro.