Setembro é um mês dos mais aguardados na minha memória afetiva. Os cheiros, as datas, o clima, o inverno finalmente indo embora. É mês que tem dois feriados – nem sempre foi assim, o 20 de setembro passou a ter folga só a partir de 1978 e eu ia pra escola antes disto. Pena, perdi todo o ensino fundamental e médio sem este feriado.
Pois setembro já começa com o momento cívico na frente da prefeitura. A primeira semana termina com o desfile.
Olha, muita gente questiona se em meio a tantas crises se deve ter esta celebração pela pátria. Eu não duvido nenhum pouco. Mas, não dá pra confundir economia e política com civismo. Quem fica fora do Brasil por algum tempo é que sabe medir bem a saudade do lugar em que vivemos ou fomos criados. Está certo, tem cada vez mais gente desejando ir pra fora por falta de oportunidade e por questão de segurança. Mas tivesse opção este pessoal certamente ficaria.
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Bem, se não gostamos de momento cívico hoje, a maioria, quando criança, curtia. Quando eu era pequeno tinha ensaio da banda e das balizas de uma escola perto de casa, isso durava a semanas e era de graça. Depois, aquele negócio de cantar hino, hastear bandeira, declamar Olavo Bilac, retardar início da aula… bons tempos.
Mas, voltando a setembro, tem os churrascos da semana farroupilha, tem feira do livro, que este ano começa no dia 14. Dia da árvore logo depois. E ainda Avaliação Nacional da Safra da Uva (festa sem igual). Tem o aniversário de um dos meus melhores e mais antigos amigos, o Duda.
Setembro é prenúncio de calor, de início de vendas para o fim de ano, de pensarmos onde e quando vamos passar as férias. E este ano, tem campanha eleitoral. Tá certo, mais reduzida e toda concentrada em setembro. Não sei se esta é das coisas boas pra lembrar a respeito de setembro, mas, se pensarmos que eleição é a festa da democracia e que festa é sempre bom. Enfim, espero que outros gostem tanto deste mês quanto eu. Viva setembro.
