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Saúde pública de Bento sofre com a falta de medicamentos

Saúde pública de Bento sofre com a falta de medicamentos

Não é de hoje que a população de Bento Gonçalves convive com a falta de medicamentos nas unidades de saúde, na UPA 24 Horas e nas farmácias públicas da cidade. Atualmente, faltam 12 tipos de medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde, de acordo com as fontes oficiais. As reclamações dos usuários da rede pública de saúde sobre a falta dos remédios nas unidades básicas e na própria secretaria não são novidade no município, e as denúncias afirmam que falta até mesmo uma simples dipirona.

 

Para Marco Antônio Ebert, coordenador médico da pasta, o problema está nos fornecedores e distribuidores dos medicamentos, que não estão cumprindo os contratos com a prefeitura e atrasam o envio dos remédios já licitados. mesmo assim, ele afirma que o prazo para que seja normalizado o estoque é a segunda-feira, dia 30. Caso a situação não seja normalizada dentro desse período, o Ebert não descarta acionar a Justiça.

 

A lista de medicamentos que estão em falta na secretaria já chegou a conter cerca de 30 tipos de medicamentos, mas nesta semana 18 tipos de remédios foram entregues, conforme garantiu o coordenador. Mas, além da dipirona, ainda faltam medicamentos como o anti-inflamatório Ibuprofeno, o Propanolol, remédio utilizado para o controle da hipertensão, e o antiviral Tamiflu. "Estamos aguardando seis distribuidores que ainda necessitam regularizar a entrega desses medicamentos, e a promessa que nos foi dada é que essa regularização vai ocorrer nos próximos dias", explica.

 

Normalmente, um pedido demora de 30 a 90 dias para ser entregue na secretaria de saúde, através da programação de compras que é feita pelo setor de abastecimento da farmácia, duas vezes ao ano, exceto em compras emergenciais conforme a demanda em alguns setores. "O atraso não ocorreu por falta de recurso ou pagamento, sendo apenas por atraso dos distribuidores", lamenta Ebert. Mesmo assim, ele confirma que, no caso do Tamiflu, utilizado para combater a Gripe A, por exemplo, houve um aumento na procura que não estava sendo esperado.

 

Sobre a campanha de vacinação contra a Gripe A, que termina nesta sexta-feira, dia 20, o coordenador defende que a campanha deveria ser prolongada e ainda diz que felizmente estão terminando uma ação com a meta superada, antes da entrada do inverno rigoroso, pois a imunidade começa  a ser realizada pelo organizamo em 15 dias. "Ainda persistimos na posição do sentido de sensibilizar o Ministério da Saúde  pra que invista cada vez mais em prevenção e não existe forma mais prática e eficiente que a vacinação, cada vacina aplicada é uma doença a menos que vamos ter que fazer o manejo depois. Nesse sentido defendemos que seja ampliado de uma forma gradativa a cobertura dessas vacinas, seria melhor para o próprio sistema de saúde como um todo, abrangendo o município, o estado e a união", afirma Ebert.

 

Mas para o secretário de Saúde, Ênio De Paris, a situação complica pelos atrasos que ocorrem também com o antiviral Tamiflu, que é a medida a ser realizada pela pasta após o término da campanha de vacinação. "Nós estivemos na 5º Coordenadoria Regional de Saúde reivindicando para que não haja falta da medicação, e temos solicitado para que a própria farmácia e a UPA tenham o remédio", explica. 

 

A lista dos medicamentos em falta

 

Cinrizina

Dipirona

Miosina

Ibuprofeno

Isossorbida

Metildopa

Nistatina creme

Propanolol

loção de vitamina A com vitamina D

Antiviral Tamiflu