Reinaldo Camargo Scheibe, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), foi o palestrante da vez na reunião-almoço, desta segunda-feira, dia 3, na Câmara de Indústria Comércio e Serviços de Caxias do Sul.
O convidado falou sobre os desafios que as operadoras de planos de saúde enfrentam referente a legislação no Brasil. Segundo Scheibe, a tributação de 25% dos serviços prestados é excessiva e obriga que os planos repassem os custos aos usuários e empresários que acabam pagando a conta.
Para Scheibe, o excesso de regulamentação da ANS traz prejuízos tanto para os planos de saúde como para seus beneficiários.
“O excesso de regulação está engessando o sistema, isto está trazendo um custo operacional muito grande. Acho que já passou da hora de sentarmos e rediscutirmos essa lei para realmente definir o que deve ser feito e coberto e pensarmos na solução. Também temos que desburocratizar o sistema, o que traz prejuízos para o consumidor e empresários que oferecem aos seus colaboradores um plano de saúde”, destaca.
Ainda de acordo com o presidente da Abramge as operadoras no Brasil possuem prazos estipulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para consultas, exames e procedimentos muito enxutos e que em várias ocasiões não precisariam serem cumpridos com tanta agilidade por se tratarem de casos com menos urgência e que acabam gerando multas para os planos quando não cumpridos.
Atualmente 48,5 milhões de pessoas são beneficiárias de planos de saúde no Brasil.