Memória LEOUVE

Pobre cachorro, como ajudar?

Pobre cachorro, como ajudar?

Não gosto de ser repetitivo nos temas abordados neste espaço. Mas a vivência ensina que a vida é feita de ciclos e não há como se insurgir contra certas repetições, elas servem para que nos refinemos e aprendamos algo de novo sempre. Não há criatividade e novidades todos os dias a não ser para quem é um gênio, como Chaplin, Da Vinci ou Einstein, que podem discorrer com maestria sobre temas tão diversos como a física, a matemática ou as artes.

A introdução e para dizer que mais uma vez o assunto é o comportamento das redes sociais e a exposição que elas dão para boas e más iniciativas. E o quanto precisamos ainda aprender sobe o crime de incitação ao ódio, que tanto se dissemina via redes sociais, um ambiente que encurta tempo, distâncias e, muitas vezes, o bom senso.

Há duas semanas uma fatalidade permitiu que um cão de guarda que a praticamente dez anos era cuidado por uma empresa enroscasse sua corrente e ficasse exposto a um sol escaldante. Era domingo e quando o socorro chegou era tarde. Morreu o animal. Há quem entenda que houve negligência e maus tratos. A empresa se defende e propõe ações proativas em torno da defesa dos animais como forma de mitigação.

O caso me faz recordar de outro ocorrido em uma transportadora na capital do Estado. Um cão de rua foi atropelado por um caminhão no pátio de manobras. A notícia logo viralizou em redes sociais e, como se tratava de véspera de feriadão, deu o maior trabalho encontrar veterinário e quem cuidasse do bicho no final de semana prolongado. Todo o staff de comunicação social da empresa se mobilizou para o contraveneno frente aos ataques ferozes nas redes sociais.

Enfim, depois do feriadão e de mais dois dias de tratamento do cachorro ele estava apto a sair da internação. Foi a hora de encontrar na rede de solidariedade ao bichinho quem o acolhesse em sua casa. Não precisa dizer, né? Sumiu todo mundo.

Então, antes de destilar [ódio ou de fazer acusações peadas, que tal se envolver de modo a encontrar soluções? Se não é para ajudar será que não podemos ao menos tentar não piorar as coisas? Vale no caso dos animais, vale no caso do ambiente de trabalho ou até com aquele parente meio chato.