Duas sessões Duas sessões Duas sessões Duas sessões
Duas sessões

 

Ontem acompanhei duas sessões legislativas que me deram prazer em acompanhar. Uma de perto, “in loco”, na Câmara de Vereadores. Outra por flashes na TV, sobre a cassação de Eduardo Cunha.

Impressionante como se dissipou a influência que Cunha tinha na Câmara Federal. Outrora tão poderoso, acabou sendo cassado e vaiado pelos homens que antes liderava com maestria. A sessão mostra um pouco sobre nossos representantes e sobre como a sociedade se move. Enquanto detinha poder Cunha era o maioral. Fazia e acontecia. Cão ferido, virou alvo de ataque de seus ex-colegas. Foi merecido o castigo. Não haveria pena menor que compensasse o cidadão diante de tanta prepotência, escárnio e sangue frio.

 

Muitos deputados votaram por convicção, outros empurrados pelo clamor popular. Uns covardes, outros conscientes. É assim que caminhamos mesmo, ou por convicção ou empurrados pelas circunstâncias. A chance de errar é menor quando a consciência e a educação comandam nossas ações. Mas não podemos esperar isto da maioria dos deputados. A dinâmica da política, infelizmente, é outra.

 

Pois, na Câmara de Vereadores se debateram dois assuntos importantes. Na verdade um, já que o promotor Élcio Meneses expôs a situação prá lá de incômoda de 606 crianças fora das pré-escolas e não huve continuidade ao assunto na sessão, mesmo sendo levado tão a sério por candidatos a prefeito. Alguns destes candidatos  ousam dizer que eliminarão o problema no primeiro ano. Desconfio deste tipo de promessa. A situação não é simples e exige soluções compartilhadas e alternativas. Não basta construir mais prédios e talvez não seja suficiente comprar mais vagas em escolas particulares. Como o problema se acentua a cada ano, apesar da inauguração constante de novas salas, a solução deve ser um conjunto de ações. Ainda bem que tem gente estudando o caso. A frente parlamentar da Educação é uma destas instâncias.

 

Ainda ontem se debateu sobre a necessidade e oportunidade de criar a segunda sessão legislativa semanal. Há quem defenda intransigentemente. Há quem diga ser desnecessário e apenas uma forma de fazer mais do mesmo.

 

 

Ora, quero crer que uma sessão para debates, outra para votações não seria ruim para ninguém. E que se estipule tempo máximo de duração, sempre prevendo situações em que a duração possa ser ampliada Isto apenas no sentido de limitar aqueles de ego inflado que preferem ficar o maior tempo possível diante das câmaras de TV, uma vez que a sessão é transmitida em canal fechado.