
PERGUNTA – Daniel Guerra é vereador, candidato do PRB, à prefeitura de Caxias do Sul . Daniel Guerra é bacharel em Direito e tem 44 anos . Ele foi eleito vereador em 2008 e reeleito em 2012 pelo PSDB . Hoje, está no PRB, partido do qual ele foi expulso em 2013, o PSDB. Vai falar sobre isso depois. Ele se candidata pela primeira vez a prefeito em uma coligação do seu partido, o PRB,com o PR e o PEM. Seja bem-vindo candidato. É um prazer tê-lo aqui para uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Caxias do Sul.
DANIEL GUERRA – Rogério, meu boa tarde a você. Obrigado pela acolhida a todos que estão neste momento no estúdio, de uma forma muito especial a quem está conosco acompanhando essa transmissão , Portal Leouve, o Grupo RSCOM,uma ótima tarde a todos e obrigado por este espaço importante da democracia.
P – Vamos começar trabalhando com o tema de saúde. Me parece ser um dos mais importantes hoje para a população de Caxias do Sul e uma das principais demandas da população nesta área é colocar a unidade de pronto-atendimento da Zona Norte em efetivo funcionamento. Como garantir o funcionamento adequado , candidato, arcando com os custos, com equipes médicas e equipamentos , sabendo de que a prefeitura terá que arcar pelo menos nos primeiros meses com toda a sustentação da unidade de pronto atendimento pelo menos até vir a ser credenciada pelo SUS?
D.G- Olha, Rogério. Importante que primeiro pontualizemos . A UPA Zona Norte é um dos equipamentos que são essenciais para o atendimento a nossa população . Ela está por mais de dois anos fechada, é a prova da falta de sensibilidade, de respeito e de prioridade do governo que está aí. Nós, primeiro dia, já em janeiro, nós iremos imediatamente abrir a UPA Zona Norte pondo em pleno funcionamento. E para isto existe a necessidade de recursos e quem está nos ouvindo, assistindo neste momento, Rogério, deve perguntar, mas de onde virá o recurso porque falar em gestão pública requer responsabilidade e seriedade. Não se pode falar propostas pirotécnicas , apenas para agradar os ouvidos ou as mentes dos nossos eleitores em Caxias do Sul. Gestão se faz em cima de fatos, em cima de dados, ou seja, abrir a UPA Zona Norte que é uma das nossas prioridades e que faremos nos primeiros dias de governo na administração municipal ela será feita da seguinte forma: o custo mensal da UPA Zona Norte aberta vai cobrir e atender no mínimo 40 mil pessoas da nossa região , da Zona Norte, que carecem hoje absurdamente . Temos visto o desespero das famílias na questão da saúde. Ela terá um custo em média de mês, que não é custo , é investimento para este candidato de em torno de R$ 1,5 milhão.De onde buscaremos este recurso, com gestão , com capacidade de elencar o que é prioridade , ou seja, cortaremos de imediato 50% dos cargos de confiança , para a população que está nos assistindo e ouvindo, para ter uma ideia, isso vai representar de imediato R$ 1 milhão por mês de de economia. Economia essa que deixou de ser feita pelo governo atual, que duplicou o número de Ccs. Nós iremos reestabelecer o bom senso e o respeito. Cortamos 50% dos cargos de confiança , aquelas pessoas que são d elivre nomeação, que não fazem concurso público, e os outros R$ 500 mil nós já temos de onde virá . Virá do corte de penduricalhos que hoje existe no setor público, principalmente nos cargos de confiança . Para a senhora e o senhor que estão me ouvindo, me assistindo neste momento, devem pensar nessa questão desses penduricalhos. E existe, aqui em Caxias do Sul, a exemplo do que tem em Brasília, nós temos hoje uma dita verba de representação para os cargos de confiança , que na verdade nada mais é, Rogério e ouvintes, que aquele cargo de confiança que ganha R$ 5 mil . Ele recebe ficando apenas sentado na cadeira , mais R$ 2,5 mil a título de uma chamada verba de representação, o que é uma tremenda de uma imoralidade porque recebe R$ 2,5 mil a mais e assim, sucessivamente, aquela pessoa que recebe R$ 3 mil , ela tem R$ 1,5 mil a mais todo mês sem esforço algum , simplesmente porque existe lá um penduricalho chamado verba de representação . Nós iremos extinguir por imediato. E ao extinguir essa verba de representação, nós teremos uma economia – mês em torno de R$ 600 mil, ou seja, priorizando, fazendo gestão a gente já põe em pleno funcionamento a UPA Zona Norte, mas não é só isso, Rogério,. Falar em saúde, sem olhar hoje o drama das pessoas para o acesso a medicamentos, ter hoje que buscar medicamentos na via judicial é mais uma prova que a saúde em Caxias do Sul está em colapso. Colapso por falta de gestão e de respeito. Porque medicamentos nós iremos implantar via plataformas digitais , inovando na saúde, para que a pessoa, antes de sair de casa possa consultar pela internet onde é o local que possui aquela medicação . Nós propusemos isso enquanto vereador aqui na Câmara de Caxias, e vergonhosamente os vereadores entenderam que era desnecessário, reprovaram o projeto. Nós quanto prefeito , iremos implantar a possibilidade de antes de sair de casa, saber qual é o local que possui a medicação e isto que estou falando não é algo inovador ou pioneiro aqui para o nosso país. Várias cidades já adotaram isso e vem trazendo efetivos resultados, evitando os deslocamentos, além do que o transtorno e a frustração de a pessoa ao chegar lá para retirar a sua medicação , após uma longa espera, que isso nós também iremos controlar, ela acaba ouvindo que não tem e terá que voltar . Também a questão das UBSs. As UBSs hoje , Rogério, é inadmissível que as UBSs tenham um atendimento encurtado como se tem hoje alegando contenção de despesa . E nós iremos ampliar os horários das unidades básicas da saúde , fortalecer a atenção básica da saúde , para evitar deslocamentos desnecessários até a UPA. Hoje, na UPA ou no próprio PA 24 Horas, porque as pessoas vão…
P -Candidato esta questão da unidade básica de saúde , que o senhor fala de ampliar o horário, ela tem muito a ver com o horário dos médicos ou melhor, com o não cumprimento de uma carga horária pelos médicos que , hoje, pelo menos, informalmente, eles trabalham por atendimentos e não cumprindo sua carga horária . Voltando à questão da UPA, d ecolocar um corpo clínico para atender a UPA e , além disso, a questão das especialidades médicas que me parece que é onde há realmente carência efetiva de médicos especialistas. Como resolver esta questão específica do médico? E lembrando ao nosso internauta, parece que seu projeto com relação à farmácia ele não passou por vício de origem, né?
D.G- Olha, na verdade não passou por vício de sensibilidade , de respeito com a população de Caxias do Sul porque esse projeto que protocolei na Câmara de poder disponibilizar informação no site , fazendo com que a pessoa antes de sair de casa, Rogério, pudesse acessar ele é lei já em outros municípios e por isso fiz questão de dizer, anteriormente a sua pergunta, que isso não é algo inédito porque já é lei em outros municípios. Como pode se alegar vício de origem para algo que já é lei e é algo que funciona efetivamente . Lógico, quando não há de fato o foco de respeitar o cidadão e tratar ele como prioridade, tudo vira desculpa tudo vira motivo para não fazer com que as boas ideias, os bons projetos aconteçam. A exemplo de um outro projeto importante e que nós quando prefeito formos com seu voto , com a sua confiança, nós iremos estabelecer a vacinação domiciliar a idosos e pessoas com dificuldades de locomoção na residência e isso não vai onerar os cofres do município, muito pelo contrário, porque nós já temos hoje, Rogério, a estratégia da saúde da família, que já estão em nossos bairros, que nós iremos ampliar , fortalecer e otimizar o que hoje as estruturas já existem , ou seja, essa visão de gestão que falta profundamente em Caxias do Sul porque recursos há, excelentes profissionais concursados existem , o que ocorre é falta de administração , de priorização.
P -Com relação aos médicos?
D.G- Com relação aos médicos, primeiro, que quem poderia e deverá explicar à população de Caxias do Sul é quem autorizou essa conversa de não ter horário para médico , ter sim alguma que outra consulta. A lei é clara. Todos os profissionais que buscam a vida pública através do concurso público , Rogério, fazem o concurso e esse concurso é claro em dizer quantas horas deverão e terão que ser cumpridas. Nós em nossa administração vamos estabelecer o plano de meritocracia porque existem muitos servidores que estão subaproveitados , onde a gente vê um quadro de servidores concursados excelente, que não são aproveitados porque hoje o foco da administração é beneficiar os amigos do rei ou aqueles que são filiados ao atual governo . Nós trataremos o público como público , ou seja, o interesse público, independentemente das escolhas ideológicas e iremos fazer sim com que haja o foco em bem atender o cidadão e isso passa em fazer com que haja o cumprimento do que está previsto nos editais dos concursos , ou seja, gestão. Porque também a gente vê e tem visto, Rogério, que há unidades básicas faltando médico, tem outras que têm mais médicos . Nós temos que ter um critério justo de fazer com que o atendimento seja de qualidade em todas as UBSs . Nós, quando prefeito de Caxias, iremos fazer a administração e a gestão necessária para que as UBSs estejam fortalecidas porque se as UBSs não estiverem fortalecidas , vai continuar acontecendo o que temos visto , hoje, aquela situação do PA que é um tremendo desrespeito, uma afronta à dignidade da pessoa e nós iremos romper esse ciclo com atitudes concretas , valorizando os profissionais pela meritocracia , fazendo com que a lei seja cumprida por todos, onde os editais dos concursos são muito claros quais são as carga horárias e fazer com que todos se sintam respeitados e que não haja o privilégio para nenhum tipo de servidor e hoje a gente vê a maioria dos servidores sobrecarregada por não haver gestão e nem administração correta.
P -Ainda seguindo na questão dos médicos, me parece que o senhor admite que vai cobrar o cumprimento de carga horária . Bom, mas com relação a essa carência que efetivamente existe no centro de especialidades médicas, e também para cobrir a necessidade da UPA , o senhor pretende contratar novos médicos por concurso público?
D.G- Olha, eu sou um defensor do acesso à vida pública através do concurso público, nós pensamos que tem que ser valorizado o servidor concursado e a exceção, aquele que não cumpre carga horária, aquele que denigre o servidor público ter aquilo que é em qualquer lugar , se respeite a boa convivência , o cumprimento, a exigência ou os encaminhamentos de diligências necessárias para fazer com que a pessoa tenha a consequência dos seus atos que não sejam de fato aqueles que a população merece. Nós buscaremos é primeiro fazer a gestão efetivamente , onde tem carências suprir, e este suprir vai ser por via de concurso público, por entendermos que é a via mais justa porque ali a pessoa passa pela meritocracia efetivamente e a questão das especialidades tu abordas bem, Rogério, eu tenho em mãos aqui uma informação onde é de se ficar bastante chocado com a falta de sensibilidade da administração , onde a gente vê, por exemplo, ecografias que demoram meses. Temos ecografias pendentes ainda de 2015, diversos exames em que as pessoas estão agonizando para poder ter o exame para, posteriormente, ter o tratamento e , sem dizer, de áreas como a questão da neurologia , da gastroenterologia, e tantas outras são a grande maioria das nossas especialidades e não só especialidades, estamos falando de questões até básicas de saúde . Nós vemos este padecer de longos meses , o que nós de imediato iremos corrigir com força-tarefa, com mutirões para zerar as listas de espera , as listas de espera não só para os exames , lista de espera para as consultas especializadas e, desta forma, Rogério, a dignidade e o respeito tem que ser resgatados, porque não se pode mais ficar ouvindo da administração esse chororô de que não tem recurso, o que não tem é vergonha na cara porque esta mesma administração gasta milhões em publicidade desnecessária , milhões em tantas coisas que nós iremos mostrar para a população de que dinheiro tem, o que não tinha era gestão, administração e respeito. Isso nós implantaremos.
P -Candidato, essa questão do financiamento da saúde pública ela é realmente uma questão complicada . O senhor disse que há dinheiro, mas Caxias é referência para 48 municípios da microrregião da Serra Gaúcha e esses municípios não existe uma contrapartida para prestação desse serviço. O senhor defende uma negociação com os municípios para que haja um retorno em recurso mesmo, em recurso financeiro para que Caxias possa continuar oferecendo essa referência?
D.G- Olha, Rogério, a saúde, para nós que somos referência para a região e bem colocastes , para mais de 47 municípios, ela não se faz de forma isolada . Caxias do Sul não é uma cidade que deve ou possa estar isolada. Nós somos , existe a interdependência, com toda a região e com todos os entes federativos para que a gente possa, de forma unida, e estabelecer a coparticipação das responsabilidades e do custeio. A gente vai sim e é de lamentar que ainda hoje não se tenha algo efetivo neste sentido porque nós estamos falando de 47 municípios que aportam a Caxias do Sul , mas os nossos cidadãos, Rogério, hoje, agonizam por um espera de um leito para uma cirurgia, agonizam para a medicação, agonizam para o atendimento. Então é uma questão de se estabelecer o respeito coletivo, de nós podermos sim continuar a buscar este atendimento desde que haja sim a contrapartida destes municípios que hoje socorrem em Caxias do Sul . Precisamos fortalecer o que já temos, precisamos ampliar o que ainda precisa ser ampliado , mas também precisamos fazer com que os prefeitos destes 47 municípios sejam de forma, em um diálogo de busca de solução coletiva, e nós somos realmente de fazer essa construção do diálogo, mas a corresponsabilização. Eu prefeito de Caxias, tenho que primeiro me focar 100% na garantia do acesso e da atenção de qualidade na saúde para nossos munícipes . Feito isso eu posso me somar a outras ações dos demais municípios e assim deve ser e devo crer que seja o pensamento dos outros prefeitos . Agora, isso também passa por estabelecer uma forma justa , com critérios justos, de coparticipação no rateio destes custos de munícipes vindo de outras localidades aqui para Caxias do Sul.
P -Ok, candidato, vamos trocar de assunto agora, tratar de mobilidade urbana, outro assunto delicado. A gente teria muito para falar em saúde, mas como temos 60 minutos , já se passaram 20 minutos da nossa conversa. Candidato, qual sua avaliação do novo sistema de mobilidade urbana implantado na cidade e quais seus planos para expandir o modelo, ou transformá-lo. E expandi-lo, principalmente, para as regiões mais periféricas. Há uma segunda fase do SIM Caxias programada para acontecer com outras duas estações de transbordo. O senhor defende a continuidade desse projeto?
D.G-Olha , primeiro que esse projeto é um grande engodo e um grande benefício à apenas uma única empresa privada, leia-se Visate, que monopoliza vergonhosamente o transporte coletivo de Caxias do Sul , o que a gente vê não é o SIM Caxias, é o SIM Visate porque a Visate foi a única que se beneficiou dessa fanfarrice que foi e dessa desordem na área da cidade de Caxias do Sul com as ditas obras para a mobilidade , que para a mobilidade no conceito mundial de mobilidade, mobilidade é pedestre, mobilidade é automóvel, mobilidade é moto, mobilidade também é ônibus e mobilidade passa por um conceito de fortalecer o transporte público coletivo, o transporte coletivo em massa. Nós, hoje, em Caxias do Sul, Rogério, lamentavelmente temos uma administração que beneficia vergonhosamente essa empresa chamada Visate. E vou ser muito claro, vamos lá, a senhora e o senhor que estão me ouvindo, que tem que pagar IPTU , que tem que pagar taxa quando solicita quando solicita qualquer coisa dos órgãos públicos, se não pagara taxa não deixam ou não dão acesso àquilo que está previsto. A Visate, assim como as, é a única empresa privada aqui de Caxias do Sul que se tem notícia que vergonhosamente tem isenção total de impostos , propostas pro esse governo que está ali, que está tentando se perpetuar, se já não bastassem 12 anos de desgoverno, se perpetuar e beneficiar aqueles que só têm esfolado a população de Caxias do Sul . O transporte coletivo, quando falo transporte coletivo é algo que defendemos, mas o transporte coletivo dos trabalhadores, das pessoas que diariamente dependem para as suas necessidades mais básicas . Precisa ser desassociado do que hoje é feito pela administração , Rogério, a administração, ele mistura a questão do transporte público com o interesse exclusivo de uma empresa privada que se chama Visate, ou seja, nós iremos extinguir essa isenção vergonhosa de impostos que a Visate hoje tem . Nós iremos também, dentro da mobilidade trabalhar o conceito macro de mobilidade , fortalecer o transporte coletivo , fazendo com que haja a concorrência do transporte coletivo no momento legal . Não se admite que uma cidade como de Caxias do Sul tenha apenas uma empresa privada, lucrando em cima do trabalhador , a um custo absurdo de uma tarifa para pequenos deslocamentos , quando a gente vê cidades com áreas geográficas muito maiores , com custos ainda menores do que temos aqui . A gente vê que essa isenção não houve redução. Então nós vamos reestabelecer a prioridade das coisas , a prioridade é o usuário do transporte coletivo.
P -O senhor pretende fazer concorrência nas linhas?Isso não se vê em cidade alguma.
D.G-Não. Se vê em várias cidades do Brasil , inclusive Porto Alegre existe a concorrência do transporte coletivo.
P -Mais do que uma empresa, mas elas têm autonomia em sua linha operando. Não tem nenhuma empresa operando a mesma linha.
D.G-Sim. A empresa que hoje, Caxias do Sul é uma cidade com porte geograficamente que não se admite ter uma única empresa explorando e pior, em 2010, o governo que está aí ele fez a renovação por mais dez anos sem a licitação , apenas uma autorização que vergonhosamente a maioria dos vereadores votaram a favor . Eu lutei contra esta renovação por mais dez anos sem licitação, tem que haver primeiro a licitação pública, tem que haver concorrência para que, havendo a concorrência, possa se estabelecer o critério de qual é mais boa para a população . Nós iremos fortalecer a questão muito do transporte coletivo. Estamos falando para os usuários.
P -Como candidato? Qual é seu modelo?
D.G-O nosso modelo primeiro é fazer o que , o inverso do que temos hoje da administração.Hoje, nesse conceito atrasado, a prefeitura atual, o governo atual joga tudo para o centro da cidade . Nós vamos fazer o inverso. Temos que fortalecer para os pontos dos bairros da nossa cidade . Nós temos fazer com que haja o efeito centrífuga . O efeito centrífuga é fazer com que expanda para toda a cidade com um reforço de fazer com que o transporte coletivo seja de qualidade, que não seja como é hoje que a pessoa tem queimação de horário, assardinhamento das pessoas e então nós iremos como é transporte , como é uma concessão pública , Rogério, existem obrigações por parte da oudas empresas que vierem vencer a licitação . Se elas não cumprirem aquilo que está previsto na lei , nós iremos notificar com a possibilidade de romper em garantia do transporte de qualidade . Nós vamos fazer com que , hoje, a dita segunda faixa exclusiva de ônibus , nós vamos nos primeiros dias de governo torná-la apenas preferencial para o ônibus, mas de uso coletivo para todos , moto, carro, táxi , para todos, porque não é concebível que se tenha duas faixas exclusivas para os ônibus da Visate. Se gastou milhões de reais em um verdadeiro tapete vermelho para a Visate lucrar mais, porque, Rogério, é importante que a população saiba, com essas obras que esculhambaram o centro da cidade , prejudicando o comércio, gerando problema de todas as ordens, ele beneficiou tão somente a Visate que passará a economizar , no mínimo,m 10% no custo de manutenção dos seus ônibus . E a pergunta que fica: por que este percentual não é reduzido na conta da tarifa . Isso é o mínimo e nós também iremos fazer no primeiro dia já, na primeira semana de janeiro, uma auditoria profunda nas contas e nas planilhas da Visate , o qual acreditamos que terá e poderá haver algumas surpresas das quais nós , diferentemente, do atual governo, iremos ser muito rígidos porque transporte público é algo essencial em uma cidade e precisa ser de qualidade. Nós também vamos trabalhar essa questão de fortalecer mais linhas para os nossos munícipes, fortalecer hoje bairros carentes que não têm acesso ao transporte público , ao transporte coletivo . Nós vamos fortalecer um transporte coletivo que preze a questão das pessoas com necessidades especiais , é uma das bandeiras deste candidato, e até mesmo como vereador tenho várias leis em defesa das pessoas com deficiência em nosso município. . Iremos ser muito fortes nesta cobrança de acessibilidade efetivamente para o transporte público e, desta forma, a gente tem que fazer este conceito que mobilidade passa por estes itens que disse anteriormente que engloba a harmonia e o bom funcionamento . Outra questão importante, que em nossos primeiros dias , além de fazer com que não haja essa faixa dupla de exclusividade para a Visate , nós iremos tirar uma faixa e ela voltará a ser dos carros, motos e dos demais modais de mobilidade , nós também vamos voltar a permitir a conversão à direita em grande parte do que hoje foi proibido, porque é totalmente descabido esse projeto que era de quase 13 anos atrás vir a ser implantado hoje sem atualização necessária e nós faremos um trabalho muito forte na questão da mobilidade que é algo que Caxias está carecendo.
P -O senhor acredita que com essas definições de acabar com a segunda faixa exclusiva para ônibus e permitir a conversão à direita já se desafoga o trânsito para o automóvel, para o veículo particular?
D.G-São algumas das ações, Rogério, há um conjunto de outras tantas ações e eu convido o internauta a acessar o nosso projeto de governo , o nosso plano de cidade, e não de partidos e de políticos , é um projeto de cidade que lá temos vários itens para mobilidade.
P -Gostaria que o senhor dissesse uma delas aqui , por exemplo, o que fazer para estabelecer rotas alternativas para s ligações norte-sul, leste-oeste da cidade, sem passar pelo centro , passando, por exemplo, por dentro dos bairros. O senhor pretende qualificar essas vias , asfaltar vias nos bairros da cidade ?
D.G-Olha, Rogério. Nós temos que fortalecer a questão de estações de transbordo , descentralizar o serviço. Temos também de olhar a mobilidade com a questão de viadutos novos, rotatórias , ampliar a questão das nossas perimetrais . Também ter o olhar de que a mobilidade não se concentra apenas na área urbana. Temos também que ter presente as nossas áreas periféricas da cidade que hoje agonizam e a questão da zona rural. Então mobilidade é muito mais do que fazer o que fizeram até o momento que foi gastar milhões apenas no centro da cidade, que já tinha asfalto, sendo que temos localidades que estão em chão batido e esgoto à céu aberto.
P – De onde tirar dinheiro para isso, candidato?
D.G-Olha, Rogério. Existem diversos recursos a fundo perdido não só do órgão federal , mas também de órgãos internacionais e tem que haver o que, não somos a segunda cidade do estado do Rio Grande do Sul . Nós somos um dos maiores polos metalmecânicos do país . Nós temos uma diversidade que põe Caxias do Sul e um cenário de respeito no contexto nacional e internacional. Uma cidade que tem história, tradição, credibilidade e nós teremos uma ação pró-ativa. O prefeito não pode ficar no chororô. O prefeito tem que set um administrador, um gestor e estabelecer prioridades . Feitas as prioridades, quais são as prioridades do candidato Daniel Guerra? É segurança, é saúde , é educação, é emprego. Elas quatro precisam estar harmonia. Com elas vem todas as demais questões , como a mobilidade que estamos tratando agora. Mobilidade se faz sim com recurso , Rogério, mas se faz também com ferramentas simples, por vezes, baratas que podem dar aquilo que um trânsito precisa, fluidez, agilidade,tempo perdido no trânsito é perda de produtividade , é perda de eficiência, é perda de dinheiro e isso nós temos que ter presente . É um tempo perdido, não podemos permitir que hajam congestionamentos e mais , lhe mostrava anteriormente antes de iniciarmos o programa que existem vários pequenos programas que nós faremos de ajuste, de inovação tecnológica , que são praticamente u custo baixissimo , mas que demonstram solução efetiva . Não dá para conceber que haja alguma via interrompida para qualquer tipo de obra sem que, anteriormente, a este local interrompido haja sinalização , informando de vias alternativas ou de que a “X” quilômetros existe uma obra que a via está obstruída e que com essas informações móveis que nós já temos no nosso projeto de cidade fará com que haja o escoamento natural para não haver o engarrafamento e a obstrução quando se chega no local. É nesse sentido, Rogério, que a gente tem várias alternativas e as questões macro, aquelas que de fato custam recursos como , por exemplo, viaduto, uma nova perimetral , estas terão que ser feitas com o que? Com a força de um prefeito, de uma cidade, que não ficará no seu gabinete sentado.
P – Inclusive tomando financiamentos , candidato?
D.G-Financiamento têm que se ter um grande cuidado porque o financiamento deve ser o último recurso. Porque hoje agente vê o exemplo da atual administração um elevadíssimo númnero de financiamentos , cujo próximos três ou quatro prefeitos irão pagar a conta de coisas que estão completamente fora de sintonia com a necessidade e a realidade. Um exemplo disso, os corredores de luxo da Visate. Por isso, financiamento , Rogério, muita cautela com o financiamento. Existem muitos recursos e nós na mobilidade trabalharemos não só nela, com a questão de parcerias público-privadas . Isto é algo que está e já se provou que deu certo em países com a mentalidade desenvolvida e com o respeito com a questão pública. Então nós faremos também a questão do público-privado.
P -Essa pode ser uma das soluções para o problema, talvez o maior problema da educação no município, hoje, que é a falta de vagas para a educação infantil.Hoje, o município adquire mais ou menos 3,5 mil vagas apenas por demanda judicial . Oferece 10 mil vagas e a carência é quase metade disso. Nós deveríamos dobrar a rede pública municipal. Como será possível cumprir essa carência?
D.G-Primeiro que é vergonhoso a senhora minha mãe , meu pai, o avô que está me ouvindo neste momento ter que passar pela humilhação de ter que ficar pedindo socorro para conseguir a vaga em algum creche ou uma escola da educação infantil ou da pré-escola. Isso é a prova de que não há prioridade . Nós iremos agir forte nesta matéria, Rogério. Olha,eu quero aqui dizer elevar meu abraço a todos os pais que não cruzam os braços e não ficam aceitando a desculpa da prefeitura em dizer que não tem vaga . Eu quero levar meu abraço, a senhora, pai e mãe responsável dessas crianças que buscam na justiça o direito garantido na constituição do acesso à educação do seu filho , que começa na educação infantil , na questão da creche. Rogério, tu colocastes bem, hoje a questão das decisões judiciais tem levado o município a um desembolso de recurso para a compra de vaga , que o custo dela tende a ser muito maior porque ele é compra individual de cada vaga , Rogério. Nós, imediatamente, iremos estabelecer uma licitação pública em parceria com todas as escolas que hoje possuem alguma vaga para que, fazendo em uma grande licitação, acompanhada esta licitação pelo Ministério Público, nós possamos ter o custo de e por vaga reduzido drasticamente, primeira ação. Segunda ação, nós temos que ampliar os espaços existentes nós estivemos a campo nas escolas municipais hoje ea gente vê a possibilidade de ampliação , tanto na questão horizontal, quanto na questão vertical . Nós iremos fazer as escolas também ampliando no sentido vertical , ou seja, otimização do que já existe. Feita a otimização do que já existe, porque isso é mais econômico, mais eficiente, nós também iremos partir para aquilo que tem nas escolas municipais de fazer o suo compartilhado, ampliar . Hoje, fazer com que as áreas existentes sejam mais utilizadas , mais otimizadas. Conclusa essa etapa, Rogério, nós partiríamos…
P -Áreas ociosas?
D.G- Geograficamente tem áreas que hoje estão vagas, que não há nada, que a gente pode através de uma ampliação , uma obra de ampliação cujo custo é muito reduzido já dar uma resposta mais imediata para suprir aquele número enorme de pais e mães que estão pedindo socorro para pedirem a vaga .
P -É um número em crescimento constante , até por conta da migração que Caxias do Sul recebe por ser uma cidade industrial,candidato. O senhor tem um número para oferecer de vagas em um primeiro momento ou até o fim do seu mandato . O senhor trabalha com um número?
D.G- Olha, nós vamos trabalhar com um orçamento de R$ 1, 9 bilhão. Este orçamento se termos estas quatro áreas prioritárias , a educação vai ter um investimento e um enfrentamento forte do prefeito Daniel Guerra a partir de janeiro, desta forma que lhe disse. Hoje, mensuramos que o recurso para a educação ele não é despesa , Rogério. Ele é investimento. Então a questão das cifras nós teremos e entendemos que há bastante gordura hoje de penduricalhos e gastos desnecessários que nós vamos fazer com que sejam canalizados para as áreas essenciais. Então, hoje, a cifra vai ser aquela toda que for necessária e mais , nós não ficaremos apenas no orçamento do nosso município . Nós buscaremos as diversas parcerias que existem , linhas que hoje são colocadas do próprio governo federal à disposição que para isso precisa apresentar projeto. Projeto requer técnicos qualificados técnicos qualificados requer cargos de confiança que sejam nomeados apenas e se tão somente tiverem condições técnicas para fazer os projetos juntamente com as estruturas dos servidores municipais que hoje são subaproveitados.
P -Candidato, o senhor assume a prefeitura de Caxias do Sul em 1º de janeiro de 2017. Logo ali, no mês seguinte inicia um ano letivo com toda essa carência , inclusive ampliada. Nós temos três escolas infantis em construção , talvez sejam entregues para começar o próximo ano letivo e , mesmo assim, nós teremos uma carência superior a cinco mil vagas . O que fazer a medida que a própria demanda judicial , ela tira um pouco do foco estatégico da educação, porque, muitas vezes,quem apela à justiça é quem tem mais cultura, é quem tem mais condições até de pagar um ensino privado. O que o senhor vai fazer?
D.G-Primeiro, se me permite Rogério, de dizer que esse grande volume de judicialização , a maior parte delas é de pessoas carentes, é de pessoas que conseguiram a vaga através de nosso aguerrido grupo de defensores , da defensoria pública de Caxias do Sul, o qual quero levar meu abraço e gratidão por tudo que têm feito. Eles são em poucos defensores e têm conseguido, de fato, fazer o encaminhamento da garantia dessas vagas para crianças de famílias carentes . Nós temos na grande maioria, Rogério, crianças carentes, de bairros com vulnerabilidade social . Há de se estabelecer que esse direito é universal garantido na constituição . Nós temos que também trabalhar com a realidade de que nós teremos o foco e estabelecendo, em conjunto, uma força tarefa com a prefeitura municipal , o prefeito junto com o poder judiciário , junto com as varas da infância . Nós estabelecemos um cronomgrama de redução efetiva desse déficit e isso vai fazer com que se faça que as mães e os pais percebam que estão , existe um alento, o que não se pode é o que se tem hoje, apenas um chororô de que não tem vaga e não tem recurso. E mais, nós também podemos em uma parceria público-privada, junto às empresas, a gente tem esta possibilidade e está previsto de estreitar uma coparticipação naquelas situações em que a família esteja empregada, esteja em condições de partilhar a responsabilidade com a administração pública. Agora, o direito é universal e, então dessa forma, quando eu falo das quatro prioridades que elas e entrelaçam e onde quebra uma gera desordem é a questão do emprego. Caxias hoje nós temos mais de 19 mil pessoas que perderam o seu emprego . Estas pessoas que antes tinham plano de saúde vinculado à empresa , o plano da creche para seu filho, vinculado à empresa, ele vai socorrer-se onde? Então nós temos que manter as quatro áreas prioritárias com muita força porque onde uma não tiver atenção necessária quebra-se o pilar gerando essa dessintonia e esse problema grave em todas as áreas.
P -Vamos falar em emprego , como garantir a geração de emprego em uma economia que historicamente é dependente demais do setor metalmecânico, do setor metalúrgico , quando esse setor vai mal toda a cidade vai mal. Como mudar essa matriz produtiva?
D.G-Olha, Caxias do Sul nós temos mais de 60 mil CNPJs . Esse é um dado que nós temos que estar atentos. Mais de 80% deles são de micro e pequenas empresas . Temos que o que fazer? Fortalecer as empresas que já existem, Rogério, nós precisamos fortalecer o que já tem . Feito isso, nós temos que desburocratizar , nós vamos criar um programa descomplica . Não dá para admitir que hoje seja tão burocratizado , o empreendedor ter que ficar amarrado ao setor público e aí vai realmente uma máxima que diz que o setor público já ajudaria se não atrapalhasse. . Nós temos que estabelecer a forma mais dinâmica para que o empreendedor tenha o apoio da administração para investir e não como é hoje , onde se criou tantas leis e tantas taxas e tantos prazos que faz com que não haja a motivação do empreendedor ou do investidor fazer em Caxias do Sul. Nós reverteremos isso e nós também ampliaremos e fortaleceremos as empresas que já possuímos, mas mais do que isso, Caxias do Sul, nós iremos buscar a atração d enovas empresas . Temos um exemplo aqui ao lado, Santa Catarina, fez o Investe Santa Catarina em menos de um ano em uma sinergia entre público e privado já se conseguiu resultados fantásticos de geração de emprego e ordem direta, de mais de mil empregados.Parceria público-privado em uma sinergia onde o governo municipal junto com a iniciativa privada vai em busca de atrair para a cidade , para Caxias, novos investidores e empreendedores . Para isso a cidade precisa ter e fazer com que o investidor, o empreendedor, perceba que não é complicado. Hoje, quando falamos com os empreendedores, eles têm se queixado constantemente da burocratização do setor público.Nós iremos desburocratizar sem perder com isso o controle e a segurança das operações que envolvam aqui a questão do nosso município. Então isso é fazer com que haja a geração de emprego . O que não pode é também esquecer as que já existem . Tem empresas, Rogério, que hoje, por falta de uma via decente, uma via que seja de fato possível para o escoamento da produção, isso gera custos para a empresa, fazendo, inclusive, estes a pensar a se mudar para vizinhos próximos. Então quando falamos em manutenção das empresas, é muito mais do que a questão da revisão fiscal e tributária. Nós iremos fazer a revisão fiscal e tributária para manter as atuais e atrair novas . Agora, existem coisas que são mais simples , que bastaria ter uma via mais adequada a para o escoamento das produções , da produção, e outra questão importante, nós precisamos de equipamentos realmente a altura da cidade , por exemplo, a questão do aeroporto de Vila Oliva, não se concebe que um polo metalmecânico como o nosso , com grandes indústrias que são, exportadoras, não tenhamos aqui em Caxias do Sul para atender toda a região, volto a dizer, Caxias do Sul tem que ter o conceito de região, nós não termos e não vermos sair do papel o aeroporto de Vila Oliva. Nós trabalharemos muito duro em relação a fazer com que este aeroporto saia do papel , junto com a Assembleia, a Câmara federal e com o próprio governo federal o qual a gente terá que estar mais firme em relação a essa matéria.
P -Candidato, seu quarto pilar é segurança , vamos falar um pouco de segurança, na medida que cabe ao município, por exemplo, os seus planos para a guarda municipal. É possível ampliar as funções da guarda municipal?
D.G-Lógico que sim. A guarda municipal não iremos fortalecer a guarda municipal. Hoje, nós vemos a vontade dos servidores concursados da nossa guarda municipal para ir a campo , para ajudar a combater a criminalidade. Nós iremos fortalecer a guarda municipal, a tornando em priorizar a vida. O patrimônio do município é importante, mas nós iremos fazer guarda e guarida ao patrimônio do município através da tecnologia hoje que existe , onde se supre tranquilamente o monitoramento e o acompanhamento dos prédios públicos . Nós e , para nós, o essencial é a vida e a vida faz com que, obrigatoriamente, nós iremos fortalecer a guarda municipal . A lei federal já permite que possa haver equipar a guarda municipal e, caráter de polícia municipal. Nós isso faremos. Nós temos servidores aguerridos na guarda municipal .Nós ampliaremos a guarda municipal, mas não só isso, nós também ampliaremos o que hoje existe de convênio e parceria com os órgãos da segurança pública como um todo. Nós trataremos a segurança pública com prioridade . Rogério, é necessário partilhar isso com você ouvinte e internauta, este prefeito vai ter tolerância zero com a criminalidade. Nós iremos agir e investir pesado na segurança pública. Não se tolera mais que a bandidagem, a delinquência, esteja achando que está dominando os guetos, as vilas e as ruas de nossa cidade. Nós vamos ser enérgicos, muito enérgicos com isso.
P -Nesse sentido a gente pode esperar do senhor uma ampliação da participação da prefeitura para o policiamento comunitário, por exemplo?
D.G-Mas sem dúvida e não só o policiamento comunitário . Nós temos que ter um combate estratégico da criminalidade. Nós temos já e sabemos quais são os focos da criminalidade. Bandido tem que ser tratado como bandido . Nós não teremos tolerância com a criminalidade. O cidadão de bem precisa sair de casa com a certeza que seu ente querido, seu familiar, vai poder voltar para casa em segurança. Isso se faz com políticas públicas sociais sim e fortaleceremos a questão da política pública social , com ampliação na questão educacional , mas nós temos que distinguir que o delinquente , o covarde, precisa ser tratado com rigor. Caxias do Sul com seu voto, para Daniel Guerra prefeito, nós, a partir de janeiro iremos dar um recado duro para a bandidagem . Se arranquem de Caxias porque o bicho vai pegar . Porque além de investir pesado na segurança pública, nós iremos buscar algo que eu defendo há tempo que é que quem tem que ser desarmado é o bandido, o delinquente e não como fizeram uma lei federal vergonhosa de desarmar o cidadão de bem . Então , este prefeito vai lutar, nas esferas políticas, para que haja o desarmamento da bandidagem . Isso se faz com polícia ostensiva. Isso se faz também com revisão do judiciário, na questão do solta e prende, que não há mais como tolerar.
P -Não é uma tarefa do município, né candidato?
D.G-É ação também do prefeito municipal , porque ele representa a municipalidade, ele representa as pessoas. As pessoas não vivem ,Rogério, em uma federação, elas vivem no município se é lei federal isso não isenta o prefeito de jogar ou de empurrar o problema dizendo que é lei federal . Isso é omissão e de omissão o cidadão está cansado. Este prefeito vai fazer com que, primeiro, haja o fortalecimento da segurança pública, investimento pesado em segurança pública , equipar a segurança pública, agir com a inteligência da segurança pública e também e principalmente, Rogério, buscar nestas questões de esfera federal que o bandido seja desarmado e as pessoas de bem possam ter a sua arma para defender os seus familiares.
P -Candidato, o senhor marcou aqui essa entrevista por posicionamentos fortes contra a atual administração municipal , como tem marcado seu mandato. Em 2013, o senhor chegou a ser expulso do PSDB , sigla pela qual foi eleito, que faz parte deste atual pool de partidos que apoia o governo . O senhor foi indicado pelo partido e atuou como secretário de Turismo do governo Sartori. O que mudou desde lá para o senhor tomar esta posição? Hoje, o senhor tece críticas ao que chama de velha política. Como é a nova política defendida por Daniel Guerra?
D.G-Bom, primeiro de dizer, tomar a liberdade de corrigir que eu não fui indicado pelo PSDB a ocupar o primeiro governo do prefeito Sartori. Eu fui convidado da cota pessoal do prefeito Sartori para ocupar uma secretaria de governo do qual eu fico muito lisonjeado e do qual trabalhamos muito e do qual quero crer, com a equipe que foi e nos acompanhou, fizemos e deixamos resultados efetivos a ponto do então prefeito Sartori , em seu segundo mandato, convidar-me a ser novamente secretário da sua equipe. Porém, então fui eleito em 2008 , com a confiança e o voto da comunidade de Caxias do Sul e eu entendo que , uma vez eleito vereador, mesmo que haja convite como foi o caso a mim feito pelo prefeito Sartori para o segundo mandato, declinei honrosamente por entender que fui eleito para ser vereador e não secretário. A minha posição nunca mudou, Rogério. Nunca mudou, porque mesmo quando secretário do governo Sartori, nos primeiros meses eu identifiquei uma tentativa de desvio de recurso público de um projeto da comunidade européia do qual nós falaremos bastante na sequência sobre isso, que era o tal do Urbal , que envolvia o beneficiamento de um grupo de pessoas apenas em um prédio particular , que se dizia um prédio de interesse público , que de público não tinha nada e eu mesmo sendo secretário de governo Sartori, denunciei no Ministério Público, denunciei no Ministério Público Federal, inclusive à Polícia Federal e esse processo ainda transcorre sendo feito o chamamento dos envolvidos. Eu tenho sempre uma posição muito clara e firme eu não sou marionete de partido nenhum . Eu tenho a consciência de quem elege e de quem tem o poder é o povo, é o eleitor e eu honro meu eleitor. E as minhas atitudes estão em sintonia com o interesse da maioria, Rogério, e por esse motivo eu fico muito honrado de ter sido , quando candidato à reeleição em 2012, o único candidato à reeleição que praticamente dobrou o número de votos em uma aprovação a forma de trabalho. Que forma de trabalho? Eu não me pauto por questões ideológicas. Eu não me pauto por questões dos partidos . Eu me pauto pelo que é correto e o que de fato for melhor para a população . Não significa , Rogério e ouvintes, que eu por pertencer a algum partido eu vá anular a minha consciência, os meus princípios e os meus valores. Não. Eu tenho uma história eu carrego essa história e as minhas atitudes provam de que fato eu tenho o compromisso com tudo aquilo que assumo . E assumo e fiz com muita satisfação e quero, agora, com a confiança do povo de Caxias, mostrar que essa velha política , qual é a velha política, essa que temos inclusive em Caxias , onde existem apoios políticos em troca de cargos . Isto é nefasto, é onerar custo absurdo para a população que depois não tem dinheiro para o remédio , que não tem dinheiro para a consulta , que não tem dinheiro para dar a garantia da educação. Então, para mim, eu me senti muito lisonjeado quando por não concordar com as posições do partido na época que queria ampliar o número de cargos de confiança, eu fui contra , mesmo sendo da base do governo. É isso que o povo espera Quando o governo do qual fazemos parte e meu partido fazia parte , ele queria dar por mais 10 anos a concessão do transporte público para a Visate sem licitação. E eu fui uma voz aguerrida , contrária isso, dentro de outras atitudes que de fato prejudicaram a população, entenderam que deveriam me expulsar por não acatar as instruções do partido ou votar conforme o partido quer.Eu jamais votei como o partido queira e sim como a população quer e eu me sinto bem à vontade para, dem defesa do interesse coletivo, ser expulso quantas vezes for . A expulsão grave que existe é aquela das urnas em que o povo já tem dado os recados e nós certamente já nos posicionamos de que lado estamos. E não só no período eleitoral, Rogério, em todos os momentos . Por isso nossa conduta, sendo do governo que está administrando a cidade ou não, temos uma conduta só . É bom para a maioria da cidade , o Guerra apoia. Não é bom, a gente é contrário.
P -Candidato, nós estamos encerrando nossa entrevista muito profícua, mas eu preciso fazer algumas questões ainda pro senhor, lhe peço respostas breves .O número de secretarias o senhor pretende manter?
D.G-Olha, hoje tem 19 secretarias, né? Um exagero de secretarias nós assim, como iremos cortar 50% dos cargos em comissão no mínimo no primeiro dia, se pode entender que nós iremos otimizar a administração pública e serão cortadas tantas quantas forem necessárias para que haja a desburocratização e o enxugamento e a otimização da máquina pública.
P -Não há número, nem quais seriam?
D.G-Olha, eu sou muito responsável com as minhas posições . Eu não trabalho no achismo e nem no opinismo . Eu tomando a prefeitura no dia 1º de janeiro e tomando de fato a realidade que é muito difícil de se obter hoje , porque a atual administração esconde, ela camufla a realidade , mesmo sendo vereador me negam pedidos de informação para ter acesso aos números. Tão logo nós tivermos acesso aos números de verdade nós iremos tomar todas as ações administrativas para mostrar que de fato não somos mais do mesmo . Somos a nova política.
P -Área da Maesa, desfiles públicos na Sinimbu e Plácido de Castro, uso dessas praças públicas e local da Feira do Livro.
D.G-Olha, feira do Livro, basta ver a posição dos livreiros. A Feira do Livro, em qualquer lugar do mundo ela ocorre onde , Rogério? Na Praça. Por que na Praça? Porque é onde há maior concentração de pessoas, é onde o povo passa. Em Caxias do Sul, temos mais de 100 linhas de ônibus que passam o centro , na Praça Dante, em compensação, na estação férrea, pouco mais de seis linhas. Nós temos mais de uma centena de milhares de pessoas que passam, diariamente, na praça. Quantas passam lá no Largo da Estação? Outras questões muito objetivas. Nós iremos ter a Feira do Livrode forma construída, primeiramente,com os livreiros,com quem faz a Feira do Livro, com muito diálogo. As coisas como são feitas hoje de forma autoritária e impositiva tem data para acabar . É no final de dezembro de 2016.
P -A área da Maesa, candidato:
D.G-A área da Maesa é uma área de Caxias do Sul , da história de Caxias do Sul. Ela precisa, de imediato ser feita uma licitação pública para o uso coletivo daquele espaço , respeitando a legislação e torná-lo como vários espaços que podem ser usados, como por exemplo, o mercado público. Agora, qual é a vocação da ocupação dos espaços da Maesa ? É a população que vai ter e vai nos dizer . Ela já sinaliza algumas coisas, Rogério. Ela sinaliza com a questão do mercado público, eu já indiquei várias áreas da questão da cultura que poderia estar lá, por exemplo, o estúdio público para os nossos artistas que nós iremos criar a partir de 1º de janeiro para que artistas tenham a possibilidade de gravar as suas criações, tantas e tantas. É uma área gigantesca, mas que precisa ter o o uso e a ocupação de forma de fato a beneficiar o que a população de Caxias do Sul quer.