FISCALIZAÇÃO

Espuma química volta a poluir o Arroio Pedrinho em Garibaldi

Prefeitura identifica descarte irregular de efluentes por empresa reincidente no bairro Garibaldina e aciona novamente a Fepam

Espuma volta a surgir em arroio de Garibaldi e expõe reincidência de poluição química
Foto: SMMA/Divulgação

A Prefeitura de Garibaldi registrou nesta quarta-feira (2) mais um episódio de poluição no Arroio Pedrinho, no bairro Garibaldina. A presença de espuma incomum na superfície da água, causada por substâncias químicas presentes em produtos de limpeza, foi identificada pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), após nova denúncia.

De acordo com a SMMA, a vistoria confirmou o descarte irregular de efluente líquido com alta concentração de tensoativos e surfactantes. A empresa responsável é a mesma que já havia sido notificada anteriormente e possui licenciamento ambiental ativo junto à Fepam.

Ações e reações à poluição

Com a reincidência, o município acionou novamente a Fepam e prometeu intensificar a fiscalização.

“A reincidência desse tipo de ocorrência é inaceitável. Estamos tomando todas as providências legais e técnicas necessárias, incluindo o reforço da fiscalização e a aplicação de penalidades previstas na legislação ambiental”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Anderson Dalla Rosa.

Durante a ação, amostras da água e do efluente foram coletadas e serão enviadas para análise laboratorial. O objetivo é identificar a presença de metais pesados e outras substâncias tóxicas que possam embasar medidas legais contra a empresa.

Como medida preventiva, a prefeitura orienta a população a evitar qualquer tipo de contato com a espuma ou com a água do arroio Pedrinho e recomenda a suspensão da captação no local, inclusive para uso com animais, até a normalização da situação.

A Prefeitura de Garibaldi reforça seu compromisso com a preservação ambiental e solicita que a comunidade continue colaborando com denúncias de práticas irregulares, que podem ser feitas diretamente à SMMA. As autoridades seguem monitorando a qualidade da água e avaliam novas ações para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente.

AAECO pede medidas mais duras

A Associação Ativista Ecológica (AAECO) acompanhou a fiscalização, representada pelo secretário-geral Gilnei Rigotto. Ele defendeu uma ação conjunta entre Garibaldi e Bento Gonçalves e propôs medidas mais duras contra os responsáveis.

“Casos desse tipo deveriam interditar imediatamente a empresa responsável, como forma de resolver a situação e aumentar a multa para mais de um milhão de reais, como preconiza a Lei de Crimes Ambientais”, declarou.