A brutal morte da menina Nayara Soares Gomes, de sete anos, motivou um grupo de aproximadamente cem pessoas a protestar por justiça em frente ao plantão da Polícia Civil em Caxias do Sul. Em um misto de revolta e consternação, os manifestantes pedem uma severa punição a Juliano Vieira Pimentel de Souza, de 31 anos, que confessou o crime em depoimento à polícia.
Leia mais
Suspeito de matar e ocultar corpo da menina Nayara é identificado
Corpo da menina Nayara é encontrado pela Polícia Civil em Ana Rech
Polícia prende suspeito de ter envolvimento em sumiço da menina Nayara
Com uma faixa em que a palavra justiça se destacava em branco sobre um fundo preto, os manifestantes protestavam contra o crime bárbaro. Em determinados momentos, os ânimos se acirraram em maior grau, com pessoas defendendo entrar na delegacia. Um policial foi atingido por uma pedrada disparada da multidão.
O indivíduo foi preso na residência onde mora de aluguel, na rua Armindo Luiz Rech, esquina com Otávio Bernardi, no bairro Serrano. O carro que teria sido utilizado para raptar Nayara, um Palio de cor branca, foi encontrado no local. Após confessar o crime, ele indicou à polícia onde havia ocultado o cadáver da menina.
Uma vizinha do local chegou a registrar uma ocorrência policial com receio de manifestações violentas. Ela relatou que grupos na internet ameaçavam colocar fogo na residência.
O identificação do carro em câmeras de monitoramento foi a chave para a identificação do suspeito. As investigações e o depoimento inicial do autor do crime apontam que ele se aproveitou da ausência da esposa para raptar a menina e levá-la até a residência no bairro Serrano. No local, ele abusou sexualmente da vítima antes de matá-la.
O suspeito é natural de Vacaria, mas morava há alguns anos em Caxias, primeiro com a sogra, na mesma região onde Naiara foi raptada, e há seis meses na casa alugada no bairro Serrano.