A tentativa frustrada de fuga de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, gerou uma reação imediata do Judiciário. No sábado (27), o ministro Alexandre de Moraes (STF) ordenou que dez condenados por envolvimento em tramas golpistas passem a cumprir prisão domiciliar, visando evitar novas evasões.
Para garantir o cumprimento da decisão, a PF deflagrou uma operação em diversas regiões do Brasil. A ação foca em sentenciados que ainda possuíam recursos pendentes, mas que agora estão sob vigilância rigorosa.
Estados atingidos pela operação:
Bahia (BA)
Distrito Federal (DF)
Espírito Santo (ES)
Goiás (GO)
Paraná (PR)
Rio de Janeiro (RJ)
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São Paulo (SP)
Tocantins (TO)
Restrições impostas aos condenados
Além do recolhimento domiciliar, os alvos da decisão estão sujeitos a uma série de proibições severas:
- Redes Sociais: Proibição total de uso.
- Comunicação: Impedidos de falar com outros investigados.
- Armamento: Proibição de posse de armas de fogo.
- Documentação: Entrega obrigatória de passaportes.
- Visitas: Apenas com autorização expressa do ministro relator.
Alerta nas autoridades: Casos envolvendo figuras como Carla Zambelli e Alexandre Ramagem reforçaram a percepção de um “modus operandi” de desrespeito às leis brasileiras, motivando o rigor da nova medida. Entre os alvos recentes está o ex-assessor Filipe Martins, cuja defesa classificou a nova ordem como “absurda”.
O Caso Silvinei Vasques: De Assunção à Papuda
Silvinei Vasques foi capturado em Assunção, Paraguai, na sexta-feira (26). O ex-diretor da PRF rompeu sua tornozeleira eletrônica e tentava embarcar para El Salvador utilizando um passaporte falso.
Prisão Preventiva: Devido à clara tentativa de fuga, Moraes converteu as medidas cautelares em prisão preventiva.
Transferência: Apesar dos esforços da defesa para que ele permanecesse em Santa Catarina — alegando riscos à integridade física no sistema federal — Vasques foi transferido para Brasília na manhã de sábado, onde ficará detido no Complexo da Papuda.
