
Bento Gonçalves - O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) aprovou, no dia 15 de setembro, a criação do Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc-JT) em Bento Gonçalves. A autorização foi divulgada nesta terça (23). A unidade funcionará no Foro Trabalhista da cidade e também terá competência para atuar nos processos do Posto Avançado de Nova Prata. A inauguração está marcada para o dia 17 de outubro, às 17h.
Até que seja eleito o(a) magistrado(a) coordenador(a) do novo centro — o que deve ocorrer entre outubro e novembro —, a condução dos trabalhos ficará sob responsabilidade do(a) juiz(a) mais antigo(a) em exercício no Foro Trabalhista local.
Com a nova unidade, a Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul passa a contar com seis Cejuscs de primeiro grau no interior do estado. Além de Bento Gonçalves, já possuem centros os municípios de Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Rio Grande. Na capital, Porto Alegre, há unidades de primeiro e segundo graus.
Objetivo
O objetivo dos Cejuscs é promover a resolução consensual de conflitos por meio da mediação e da conciliação, como forma de dar maior celeridade e efetividade à solução dos litígios trabalhistas.
Movimentação Processual
Segundo dados do TRT-RS, o Foro Trabalhista de Bento Gonçalves recebeu 2.619 novos casos em 2024. Até 22 de setembro de 2025, já foram registrados 1.942 novos processos. Atualmente, tramitam na unidade 6.147 ações.
Cejusc é a sigla para Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas.
Esses centros são unidades do Poder Judiciário criadas para promover a resolução de conflitos por meios consensuais, como a conciliação e a mediação, sem a necessidade de julgamento.
No caso da Justiça do Trabalho, os Cejusc-JT buscam facilitar acordos entre empregados e empregadores, tanto antes do início de um processo judicial (fase pré-processual) quanto durante o andamento do processo (fase processual).
Objetivos principais dos Cejuscs:
- Reduzir a quantidade de processos judiciais.
- Agilizar a solução dos conflitos.
- Estimular o diálogo e o entendimento entre as partes.
- Desafogar o Judiciário.
Eles seguem as diretrizes da Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesse no âmbito do Poder Judiciário.