Comportamento

Tratativas entre a prefeitura de Caxias do Sul e o Hospital Pompéia segue sem definições

Foto: Vereador Rafael Bueno
Foto: Vereador Rafael Bueno

Desde o mês de novembro, a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, presidida pelo vereador Rafael Bueno está servindo de intermediadora de um desentendimento entre o poder Executivo e a administração do Hospital Pompéia.

Para garantir a filantropia e não pagar impostos, os hospitais Virvi Ramos e Pompéia de Caxias do Sul, tem que destinar, pela lei federal, 60% dos seus serviços (exames, consultas, cirurgias e internações) para o SUS. Atendendo em conjunto 49 municípios, somando 1,3 milhões de pessoas na Serra Gaúcha.

No Hospital Pompéia, ao invés de ser destinado apenas 60% dos serviços, a prefeitura tem gerência de 60% dos leitos, um total de 179. A alegação da atual gestão do Pompéia, é uma falta de diálogo com a prefeitura e o desejo de ser restabelecido esses leitos para a unidade hospitalar. 

O vereador Rafael Bueno participou da programação da Rádio Viva na manhã desta quarta-feira (29). Ele comentou que houve uma nova reunião entre o Executivo e o Pompéia, porém, nada foi resolvido.

“Para resumir bem a reunião, não chegamos a nenhum consenso e vai chegar em 2022, batendo na porta ai para o pessoal que precisa de atendimento de saúde essa preocupação, e nós precisamos ter uma questão definitiva disso, porque o Hospital Pompéia já colocou na mesa a entrega dos leitos da neonatal e o hospital não tem interesse em renovar este contrato. Nós teremos novos leitos perdidos em um futuro breve. Então nós esperamos que o hospital se reúna lá com toda a sua equipe e posteriormente, na semana que vem a gente já possa se reunir e chegar num consenso.”

Bueno salientou que apesar do Pompéia ter assegurado que não irá deixar de atender e prestar os serviços com a mesma qualidade que faz hoje, o município e o Governo do Estado são contrários em deixar de gerir os leitos. Já a direção da unidade hospitalar destacou que atualmente, as contas estão equilibradas, mas no futuro o setor financeiro pode entrar em colapso, por isso, já houve ameaça de encerramento de contratos com o SUS. 

Caxias do Sul hoje, tem uma fila de espera de 40 mil pessoas para uma consulta com especialistas.