Nesta quinta-feira (10), as ações da Azul tombam na Bolsa e lideram as baixas do Ibovespa. Antes da abertura do mercado, a companhia aérea divulgou o relatório de resultados do terceiro trimestre, com prejuízo maior que o esperado.
Por volta das 14h45, o papel computava perdas de 13,55%, a R$ 13,14.
A Azul teve prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão entre julho e setembro deste ano, montante 3,5 vezes maior do que era esperado pelo mercado, que calculava um prejuízo de R$ 458 milhões, segundo levantamento da Bloomberg.
Apesar disso, o resultado representou um recuo de 26% no prejuízo da companhia em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ela registrou perdas de R$ 2,2 bilhões.
Pela leitura do BTG Pactual, a Azul mostrou resultados em linha em termos de receitas, mas o prejuízo e as margens vieram mais fracos que o esperado.
A posição de caixa caiu pela metade no comparativo trimestral, a R$ 1 bilhão, enquanto a liquidez foi de R$ 3,4 bilhões. A dívida líquida atingiu R$ 17,9 bilhões.
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Apesar de resultados aquém das expectativas, a Azul espera que a demanda continue forte, refletindo tendências positivas para a atividade econômica e para o emprego no Brasil.
“Flexibilizações no trabalho estão permitindo um número maior de viagens de lazer, enquanto a demanda corporativa continua se recuperando, o que deve levar a trimestres melhores”, comentam os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, em relatório publicado pelo BTG nesta quinta.
O banco ainda vê a indústria aérea ignorada por uma boa parcela de investidores. Dentro do setor, a instituição tem preferência por nomes com maior exposição ao mercado doméstico – que é o caso da Azul.
O BTG tem recomendação de compra para Azul, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 47.
Fonte: Money Times
