JUSTIÇA

Suprema Corte Argentina ordena prisão da ex-presidente Cristina Kirchner

Ela foi condenada a seis anos de prisão por corrupção e não pode mais ocupar cargos públicos.

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Cristina Kirchner, ex-deputada federal, senadora por duas vezes, vice-presidente da República e presidente da Argentina por dois mandatos – (Juan Ignacio Roncoroni/Getty Images)
Cristina Kirchner, ex-deputada federal, senadora por duas vezes, vice-presidente da República e presidente da Argentina por dois mandatos – (Juan Ignacio Roncoroni/Getty Images)

A Suprema Corte de Justiça da Argentina ordenou nesta terça-feira (10) a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner. Os juízes rejeitaram o último recurso apresentado pela defesa, que tentava anular a condenação por corrupção. Ela foi condenada a seis anos de prisão e não pode mais ocupar cargos públicos.

Cristina já havia enfrentado a confirmação da sentença em duas instâncias inferiores da Justiça. Mesmo assim, continuava em liberdade enquanto aguardava a decisão final da Suprema Corte. Com a rejeição do recurso, a Justiça pode executar a pena a qualquer momento.

A ex-presidente recebeu a notícia na sede do Partido Justicialista, em Buenos Aires. Pouco depois, ela saiu para discursar diante de centenas de apoiadores que se reuniram em frente ao prédio. Cristina atacou duramente os juízes, chamando-os de “fantoches”, e acusou o Judiciário de perseguição política. Também criticou o governo de Javier Milei e afirmou que se tornou alvo de uma campanha de desmoralização e “vandalismo judicial”.

Logo após o anúncio da decisão, militantes kirchneristas bloquearam rodovias que levam à capital argentina. Cristina convocou sua base a protestar nas ruas contra o que chamou de “injustiça” e “perseguição política”.

Na semana passada, Cristina havia anunciado sua intenção de disputar as eleições legislativas de setembro, concorrendo a uma vaga de deputada pela província de Buenos Aires. Com a decisão da Corte, ela perdeu os direitos políticos e tornou-se inelegível.

Cristina Kirchner presidiu a Argentina entre 2007 e 2015 e retornou ao poder como vice-presidente entre 2019 e 2023, durante o governo de Alberto Fernández.

Apesar da ordem de prisão, Cristina pode pedir para cumprir a pena em regime domiciliar, já que tem mais de 70 anos.