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Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul avalia como positivo o percentual de dissídio aprovado

A assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em Caxias do Sul

Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul avalia como positivo o percentual de dissídio aprovado
Foto: Sindicato

No último sábado (25), o Sindicato dos Metalúrgicos realizou uma assembleia geral extraordinária, para aprovação dos reajustes de 12% nos salários, no piso, quinquênio e auxílio-creche.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Andrade, analisando a situação política e econômica atual do Brasil, o percentual foi positivo.

“Diante desta conjuntura política que nós estamos hoje, no momento, os 12%, a gente aprovou por unanimidade na assembléia de sábado, com esse desgoverno que a gente tem, tem 30 milhões de pessoas passando fome no Brasil, temos um governo genocida e antivacina, a gente conversou e avaliou com os trabalhadores na assembléia aqui, analisamos esses pontos e a gente avalia positivamente os 12% de reajuste. A gente queria mais, mas diante da política do governo federal que num mês a inflação tava 12.45% e no outro mês teve reajuste na inflação, fazendo uma sacanagem com os trabalhadores, então a gente avalia o 12% positivamente.”

O reajuste já vai passar a valer pra o próximo pagamento para empresas que ainda não fecharam a folha ou com pagamento retroativo desde a data-base que é junho. Além disso, o valor descontado da folha dos trabalhadores e trabalhadoras referente ao transporte seguiu reduzido de 6% para 3,5%, representando um ganho de mais 2,5% a mais no salário dos metalúrgicos.

Aumento real para os metalúrgicos

Considerando o INPC de 11,9% divulgado pelo IBGE em junho, o aumento de 12% representa um ganho real leve e a reposição salarial com base na inflação. Caso o índice não tivesse sido aprovado nessa assembleia, o aumento poderia não vir nos próximos meses e todas as cláusulas sociais serem perdidas pela categoria

Segundo jornais de grande circulação, 64% das categorias que negociaram acordos coletivos em 2022 tiveram reajuste abaixo da inflação e registraram perda de direitos.  Vale lembrar que nos anos anteriores o reajuste salarial foi de 10% em 2021 e 2.5%. Portanto, o dissídio de 2022 é o maior dos últimos anos.