Política

Sindiágua/RS participa do movimento para instalação da CPI das privatizações no RS

 Foto: Sindiágua
Foto: Sindiágua

O Sindiágua/RS se soma ao movimento de deputados estaduais de várias bancadas na busca de assinaturas para a instalação de uma CPI para elucidar possíveis fatos nebulosos que envolveram a privatização da CEEE-Distribuidora, arrematada por preço aviltante pela Equatorial Energia há menos de um ano. A entidade Sindical alerta a sociedade e os parlamentares gaúchos que a Corsan ainda é pública e que falta transparência do Governo Estadual no processo de privatização.

“Aproveitamos esse importante movimento na Assembleia gaúcha para reforçar que o governo estadual prossegue com atividades intensivas para entregar o saneamento com pouca transparência nos procedimentos. Ainda há tempo de evitar a privatização da água em muitos municípios, diferente da energia elétrica, que já foi entregue à exploração privada e mostra seus danos”, enfatiza o presidente do Sindiágua, Arilson Wünsch.

A falta de nitidez da direção da estatal são apontados pelo Fórum em Defesa da Água e do Saneamento. Entre eles, o pagamento de altos valores em recursos públicos em contratações milionárias – sem licitação – de advogados, consultorias e assessoria pela Corsan visando a apressar a entrega do controle acionário da estatal ao mercado.O dirigente adianta que tanto o parecer emitido pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) confirma e avaliza que a Corsan apresenta equilíbrio econômico-financeiro, assim como o estudo técnico do Fórum comprovando que a estatal tem todas as condições para atingir as metas de universalização de esgotamento sanitário prevista na Lei 14.026/20, sem precisar de recursos privados.

Com base em documentos da própria Corsan, o Fórum explicita que em quatro anos o governo estadual não se habilitou a nenhum financiamento para investir em esgoto. O documento emitido ainda aponta que gestor estadual não apresentou o Plano Estadual de Saneamento. Arilson destaca que ao mesmo tempo que o parecer da Agergs confirma a musculatura financeira da estatal, contraditoriamente recomenda sua venda.

“São motivos fortíssimos para aprofundar investigações. Os gaúchos precisam de gestores comprometidos com serviços públicos de qualidade e não de leiloeiros do patrimônio coletivo para atender interesses políticos pessoais que prejudicam a comunidade”, finaliza o documento enviado para a categoria em todo o estado.