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Shopee lidera apps mais baixados, mas Magalu retoma fôlego; confira o ranking

Shopee lidera apps mais baixados, mas Magalu retoma fôlego; confira o ranking

“É que o de cima sobe e o de baixo desce… Bom xibom, xibom, bombom!” Essa poderia ser a trilha sonora do Magazine Luiza (MGLU3) nesta quarta-feira (15), depois que o aplicativo do Magalu alcançou a vice-liderança em downloads no mês de maio, ficando atrás apenas da Shopee.

E analisando essa cadeia hereditária, como diria a canção, as boas notícias do mundo digital para o Magazine Luiza não param por aqui. O ranking, feito pelo UBS, mostra ainda que a Shopee está em primeiro lugar entre os apps mais baixados, porém desacelerando, enquanto o Magalu avança e a Americanas (AMER3) cai para a terceira posição.

Dados do UBS Evidence Lab mostram que, entre os marketplaces, a Shopee permaneceu como o aplicativo mais baixado em maio, mas sua participação de mercado continuou caindo: -2,4 ponto porcentual (pp) na comparação mensal, para 21,0%.

Em segundo lugar, aparece o Magazine Luiza (MGLU3), com 18,6% — seu aplicativo ganhou 2,3 pp de market share. Na terceira posição vem a Americanas, perdendo -3,8 pp em maio na comparação mensal, para 14,5%.

Assim como o Magazine Luiza, o Mercado Livre também avançou no número de downloads, subindo 1,1 pp em participação, seguido da Via, que ficou em quinto lugar, com 11,2% — uma queda de 1,0 pp na variação mensal.

Embora o Magalu esteja avançando entre os apps mais baixados, as ações da varejista andam apanhando bastante neste ano, a ponto de tirar Luiza Trajano da lista global de bilionários da Forbes. Os papéis MGLU3 operam em alta de mais de 1% hoje, mas acumulam baixa de 42,25% no mês e de mais de 87% em um ano.

A espiral descendente das ações do Magazine Luiza e da fortuna de Luiza Trajano está relacionada, em grande parte, ao cenário macroeconômico bastante desfavorável. Durante o auge da pandemia, a empresa cresceu de maneira robusta — o e-commerce ganhou força e os juros baixos estimulavam o consumo —, mas o cenário agora virou de cabeça para baixo.

Juros altos tendem a encarecer os financiamentos bancários e reduzir o ritmo de consumo — uma questão bastante relevante para as empresas mais expostas à dinâmica da atividade doméstica como o Magazine Luiza.