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Foto: Gisele Nozari

Seis regiões de Caxias do Sul foram classificadas em estado de alerta para infestação do mosquito Aedes aegypti, conforme o terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, realizado em novembro pela equipe da Vigilância Ambiental em Saúde. O resultado intensifica o alerta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para os cuidados contra o transmissor da dengue, zika e chikungunya, especialmente com a chegada das temperaturas mais altas.

O LIRAa é uma ferramenta que orienta o monitoramento e combate ao mosquito. Ele é feito por meio de visitas sorteadas por sistema informatizado em todas as 16 áreas da cidade mapeadas pelo LIRAa, permitindo identificar focos e direcionar ações como eliminação de criadouros, aplicação de larvicidas e mobilização da comunidade.

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Somente em uma semana de novembro, agentes de combate a endemias realizaram 8.959 visitas nas residências dos bairros sorteados e coletaram 63 amostras.

Seis das 16 regiões de Caxias do Sul apresentaram amostras do Aedes aegypti. Dentre estas, a regiões do Desvio Rizzo apontaram o maior índice de infestação predial com 0,5%. Os bairros Vila Romana, Santa Fé, Vila Ipê, Charqueadas II e Reolon, também apresentaram índices elevados de infestação pelo mosquito.

Nesse sentido, a médica veterinária da Vigilância Ambiental em Saúde, Delvair Fátima Zortéa da Silva, explica que a identificação das áreas mais infestadas é essencial para eliminar possíveis criadouros do mosquito:

“É importante a gente identificar as chamadas áreas quentes, alertar a população para eliminar criadouros e, além disso, fazer a atividade de tratamento, tanto mecânico como biológico, para que essa infestação não venha aumentar. Toda a população caxiense, deve identificar esses riscos nos seus imóveis, eliminando os prováveis criadouros. Porque a gente está entrando num período de maior risco de desenvolvimento desse vetor, com ciclo de uma forma mais acelerada, com temperaturas ideais”, pontua.

Até o momento, em 2025, foram realizadas 119.387 visitas em imóveis; 33.238 visitas em imóveis durante o LIRAa e 4.114 visitas em pontos estratégicos, contabilizando 156.739 visitas realizadas pela Vigilância Ambiental em Saúde.

Foto: Gisele Nozari

Classificação do LIRAa

A metodologia classifica o risco de infestação em:

  • Baixo: 0,0% a 0,9%
  • Médio: 1,0% a 3,9%
  • Alto: acima de 4%

Atualmente, Caxias do Sul encontra-se em nível médio, o que exige atenção permanente para evitar avanço da infestação. As seis regiões em estado de alerta apresentam índices mais elevados, o que reforça a necessidade de vigilância em todo o Município.

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Como evitar a proliferação do Aedes aegypti

  • Limpar semanalmente os potes de água dos animais, com escovação;
  • Recolher lixo do pátio e deixá-lo ensacado para coleta da Codeca;
  • Guardar pneus em locais secos e cobertos ou levar à Central de Armazenamento de Pneus Inservíveis (Capi) da Codeca;
  • Manter caixas d’água tampadas;
  • Instalar telas milimétricas em caixas d’água descobertas, reservatórios de captação de água da chuva e ralos;
  • Limpar calhas;
  • Lavar e escovar piscinas plásticas semanalmente, trocando a água;
  • Eliminar pratinhos de plantas.
Foto: Gisele Nozari