A segunda reunião de negociações entre Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindicomerciários) e Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas) ocorreu no dia 19 de julho e ainda não teve resultados positivos para a categoria dos trabalhadores do comércio. Uma das reivindicações dos comerciários caxienses são os 11% de reajuste nos salários, onde houve discordâncias em reunião anterior, ocorrida no início do mês.
O presidente do Sindicomerciários de Caxias do Sul, Nilvo Riboldi Filho, em entrevista à Rádio Viva, salientou que o sindicato está empenhado em busca da reposição da inflação e a manutenção das cláusulas sociais, além do reajuste. “Infelizmente, o setor patronal de lojas oferece para os trabalhadores 80% do INPC, isso é em torno de 9% ou 70% agora e 30% só lá em janeiro do ano que vem. Quer dizer, esses trabalhadores, comerciários, que sempre estiveram na linha de frente nas lojas dando seu suor para levar lucro para as empresas, que hoje, sem trabalhador a empresa não cresce. Fora isso, eles também querem retirar o triênio dos trabalhadores, querem que a gente abra no 1º de Maio, querem retirar o quebra de caixa, congelar todas as cláusulas sociais, entre elas congelar o aumento do quinquênio, o prêmio do domingo e de feriado“.
Além disso, conforme o presidente, uma das propostas do Sindicato Patronal é aumentar a carga horária de domingos e feriados, passando de seis horas para oito horas. O Sindicomerciários rebateu propondo sete horas e 20 minutos nestes dias, horário normal de funcionamento do comércio. “Porém, poderia ser pago um bônus maior para trabalhar. Hoje a gente tem um bônus de domingo para seis horas. Então, se eles querem que a gente trabalhe sete horas e 20 tem que valorizar o trabalhador, pagar um bônus maior e dar o reajuste“.
De acordo com o presidente do Sindilojas Caxias, Rossano Fernando Boff, representante legal dos empresários do comércio varejista: “Em um cenário de inflação alta, incertezas e resquícios econômicos da pandemia, o Sindicomerciários ainda não demonstrou sensibilidade ao propor incidência de ganho real em todas cláusulas sociais”, afirma.
Ainda não há nova data para próximas negociações entre os sindicatos.