Secretária explica gastos de mais de R$ 2 milhões em compras de veículos para Smed de Caxias do Sul

Após repercussão em Caxias do Sul por conta da cobrança por parte da vereadora Gladis Frizzo/MDB, onde na Sessão Ordinária do Legislativo desta quinta-feira (24), a parlamentar mostrou estar indignada com as despesas da Secretaria Municipal da Educação (Smed) e o uso dos recursos de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O que chamou a atenção, foi a compra de veículos no valor de R$ 2.186.300,00, sendo um deles uma Frontier ATK X4 Diesel Cabine Dupla, no valor de R$ 243 mil.

Em entrevista com a secretária da Educação, Sandra Negrini, ela relata todos os veículos que foram comprados. “Nós compramos dois caminhões para carga em 4 e 6 mil quilos. Ela é baú e cada um dos caminhões custou R$ 363 mil. Nós compramos também três utilitários furgões, então, um pouco menores, cada um custou R$ 222 mil. Um furgão tipo Van, que também é para transportar pessoas, que hoje ele é usado em alguns roteiros de transporte escolar no valor de R$ 245 mil, e a picape para transportar o motorista e mais cinco passageiros, para também nas estrada do interior para as escolas, que custou R$ 243 mil”, disse Sandra.

A secretária também ressaltou que os veículos da frota antiga tinham uma média de 15 anos de uso intenso. “A frota que havia anteriormente no setor de manutenção, que faz toda a entrega da merenda, que leva os trabalhadores para fazer pequenas reformas, possuía três kombis, dois caminhões pequenos, um furgão e um Celta, sendo que um dos carros estava há mais de 2 anos parados, pois não tinha nem como reposição de peças. A gente circula mais de 8 mil km na demanda daquele setor. Só para merenda escolar são 128 pontos de entrega, pois a gente serve mais de 60 mil refeições por mês. São 40 toneladas de merenda e quase 2.200 km para fazer tudo isso”, destacou Negrini.

Sandra explica que a compra da camioneta era necessária para fazer entregas menores e de madeira mais rápida. “O setor também envolve recursos federais e a gente precisa distribuir à todas escolas em condições de boa higiene. Não podíamos mais transportar alimentação no mesmo caminhão que transportávamos materil para reforma. Para as escolas do interior e para questões mais rápidas, para cargas um pouco menores, foi comprado a camionete, que é um valor menor que os demais”, salientou a secretária.