Caxias do Sul

SAMU de Caxias do Sul completa 19 anos de serviços para a comunidade

Cidade foi a pioneira no RS a receber o serviço quando foi lançado nacionalmente

(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)
(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, mais conhecido por SAMU, completa 19 anos de muita história em Caxias do Sul. Em uma tarde de quinta-feira (24) repleta de emoção e de homenagens, no espaço do auditório da Prefeitura Municipal, os representantes da saúde caxiense, além dos funcionários e comunidade em geral, puderam conhecer mais sobre os serviços e sobre sua trajetória nessas quase duas décadas.

O atendimento em Caxias do Sul é relativamente jovem, se comparado com outras instituições. O serviço na cidade foi o pioneiro no Rio Grande do Sul a ser implementado nos moldes do Ministério da Saúde, quando foi implementado o SAMU a nível nacional. Na cidade, o serviço de emergência trabalha com 138 funcionários públicos, especializados e que atuam em diferentes setores.

A diretora do SAMU em Caxias, Carolina Cunha Lima, relata que a expectativa é de comemorar o próximo ano com festa também, porém, já haviam muitas histórias para contar nesses 19 anos de atuação. “O ano que vem vamos comemorar 20 anos, terá uma outra comemoração, um fechamento de ciclo, mas resolvemos comemorar antes porque já temos coisas para contar. Por isso, resolvemos antecipar um pouquinho essa comemoração, não deixar só para os vinte anos”. Carolina também salienta a operação diária e atribuições do SAMU. “Temos 13 ambulâncias nas ruas, todos os dias, entre brancas, que são as de baixa complexidade, e as vermelhas, com UTIs e suporte básico de vida, todos os dias com essa média que a gente falou de 61 atendimentos diários, exceto ligações via 192, as ligações passam de 200 diárias, que se transformam em regulações médicas, e nessa regulações as que são pertinentes para saída de uma ambulância, para entregar esse recurso, é em torno de 61”.

Carolina Cunha, médica, antes de ser diretora e de atuar no SAMU, teve uma história que foi um dos fatores inspiradores na sua caminhada: foi salva por uma equipe de atendimento. “Para mim o SAMU tem uma importância especial. Em 2017 tive uma parada cardíaca, devido a uma arritmia que nasci com ela, e sim, foi o SAMU que me atendeu, meus colegas me atenderam e me trouxeram à vida de novo. Se não fosse por eles, eu não estaria aqui”. A diretora pontuou que gosta de atuar com urgência e emergência desde sua residência como médica, um dos fatores importantes para sua atuação diante do SAMU, mas também, sua história marcante fez o coração pulsar para trabalhar com aqueles que lhe promoveram um novo respirar.

Fotos: Alice Corrêa/Grupo RSCOM

Quando acionar o Samu

Nos casos que o paciente tem agravos na saúde que podem o levar à morte em poucas horas, como:

  • Na ocorrência de problemas cardiorrespiratórios;
  • Intoxicação medicamentosa ou outros, ou envenenamento;
  • Queimaduras graves;
  • Afogamentos;
  • Choque elétrico;
  • Na ocorrência de maus tratos a idosos ou crianças;
  • Trabalho de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
  • Tentativas de suicídio;
  • Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
  • Acidentes/traumas com vítimas;
  • Acidentes com produtos perigosos ou com animais peçonhentos;
  • Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio dos lábios/ boca são os sintomas mais comuns);
  • Agressão por arma de fogo ou arma branca;
  • Soterramento, desabamento;
  • Crises Convulsivas;
  • Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.

Dicas que auxiliam no atendimento do Samu

  • Identificar-se e dizer qual é o problema que está ocorrendo.
  • Informar o endereço correto e um ponto de referência.
  • Responder às perguntas efetuadas pela atendente de forma clara e correta.
  • Ao conversar com o médico, tentar informar qual é o problema com precisão. Se o paciente for conhecido, falar também sobre doenças prévias, medicações e a evolução dos sintomas. Verificar se a pessoa está acordada ou não. Essas informações permitirão que o médico envie o melhor recurso para cada tipo de atendimento.
  • Em caso de acidente, procurar identificar quantas vítimas há no local, se existe alguma delas presa nas ferragens, o estado de consciência delas, como e o que, de fato, aconteceu, seguindo as orientações do médico ao telefone.
  • Solicitar para outra pessoa esperar e sinalizar para a ambulância quando ela estiver chegando no local.

Importante

  • Evitar sobrecarregar o sistema com outros problemas que não se caracterizam como urgência e emergência;
  • Orientar as pessoas, em especial as crianças, para não fazerem trotes com o serviço. O tempo e os recursos gastos com isto podem atrasar o atendimento a um paciente em situação de ameaça à vida;
  • O Samu não faz transportes, não recolhe pessoas das ruas e não faz consultas domiciliares em pacientes que não estão em situações de urgência e emergência (risco de morte).