A Rússia concluiu nesta sexta-feira (28) a retirada de civis da região ucraniana de Kherson – região que Vladimir Putin anexou no final de setembro. A operação foi realizada ante o avanço das tropas de Kiev, uma operação considerada pela Ucrânia como uma “deportação” da população. “O trabalho de organizar a saída dos moradores (…) para regiões seguras na Rússia terminou”, disse Sergei Aksionov, líder da Crimeia, península vizinha de Kherson, anexada por Moscou em 2014.
“Fico feliz que aqueles que queriam deixar com rapidez e segurança o território bombardeado pelos ucranianos tenham conseguido fazê-lo”, afirmou Askinov no Telegram, ao publicar uma foto ao lado do diretor adjunto da administração presidencial russa, Seguei Kiriyenko. Na quarta-feira (26), um funcionário responsável pela ocupação russa de Kherson, Vladimir Saldo, informou que pelo menos 70 mil moradores conseguiram deixar suas casas na área em menos de uma semana.
Desde 13 de outubro, as autoridades russas de ocupação em Kherson estimulam a transferência da população para o lado menos exposto do rio Dnieper, em meio ao avanço dos ucranianos. E, nesta sexta-feira, anunciaram que a transferência foi concluída. Já o comando militar ucraniano relatou nesta sexta-feira, em seu relatório diário das últimas 24 horas, que “continua a chamada ‘evacuação’ do território temporariamente ocupado de Kherson”. O Exército ucraniano se prepara para uma batalha feroz para tentar recuperar Kherson e as áreas ao redor desta cidade, que antes da guerra tinha cerca 300 mil habitantes.