Horas depois da invasão do Congresso Nacional, da sede do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto na tarde deste domingo, 8, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, emitiu uma nota sobre o caso e classificou o ato como criminoso e que envolveu “delinquentes infensos ao estado democrático de direito”.
O edifício-sede da Suprema Corte foi vandalizado. Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver cadeiras que foram arrancadas, papéis rasgados e jogados para o alto, vidros quebrados, alagamento e muitos itens quebrados. A porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes foi retirada e exibida do lado de fora do prédio. Rosa Weber informou que tudo será reconstruído.
“O Brasil viveu neste domingo, uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia. Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação. O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído.A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito”, diz a nota.
A Cúpula do Poder Judiciário (STF, TSE, STJ, TST e STM) também emitiu um comunicado, classificando sua indignação com os atos deste domingo.
“Ao tempo em que expressam solidariedade às autoridades legitimamente constituídas, e que são alvo dessa absurda agressão, reiteram à Nação brasileira o compromisso de que o Poder Judiciário seguirá firme em seu papel de garantir os direitos fundamentais e o Estado Democrático de Direito, assegurando o império da lei e a responsabilização integral dos que contra ele atentem”.
Assinam o documento, ministra Rosa Maria Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal; ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral; ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça; ministro Lelio Bentes Corrêa, presidente do Tribunal Superior do Trabalho e ministro General de Exército Lúcio Mário de Barros Góes, presidente do Superior Tribunal Militar.