Bento Gonçalves

Retirada de árvore no bairro Universitário gera críticas, em Bento Gonçalves

Ação ocorre dentro de projeto de pavimentação na rua Paulo Pasquetti

Corte de árvore ocorre nesta segunda-feira (Foto: Leon Sanguiné/RSCOM)
Corte de árvore ocorre nesta segunda-feira (Foto: Leon Sanguiné/RSCOM)

A prefeitura de Bento Gonçalves realiza, nesta segunda-feira, a retirada de uma árvore na Paulo Pasquetti, no bairro Universitário. O motivo é a instalação de uma calçada no lado direito da via, onde a árvore está enraizada.

A árvore retirada é Umbuzeiro, cujo nome científico é Phytolacca dioica. A estimativa é de que ela esteja no local há pelo menos trinta anos. Para que a retire da rua, a prefeitura terá de fazer reflorestamento com outras 15 árvores nativas no espaço. A ideia é que sejam plantadas mudas frutíferas e de sombra do outro lado da via. O prazo para a reposição é de um ano, vencendo em 30 de maio de 2024.

Presente no Plano Diretor, a pavimentação da via, em pedra basáltica, é realizada pelo Poder Público desde o início do ano passado. O projeto prevê pavimentação, além da Paulo Pasquetti, da rua Armandio Dalcin. Desde o começo, entretanto, a obra é alvo críticas pela retirada de área verde.

Uma das contestações da Associação Ativista Ecológica de Bento Gonçalves (AAECO) é de que não seria necessária a pavimentação das duas ruas. O órgão também entende que o projeto não prevê na calçada a ser instalada espaço para o plantio de novas árvores.

“Quantos anos as plantinhas que irão colocar vão demorar para realizar a fotossíntese e a mesma sombra do Umbuzeiro? No mínimo 30 anos”, argumenta o presidente da AAECO, Gilnei Rigotto.

Parecer favorável

O Secretário de Meio Ambiente de Bento Gonçalves, Osmar Bottega, afirma que a retirada da árvore respeitou o processo de licenciamento e recebeu parecer técnico favorável. A informação procede, com o argumento de que “o exemplar teve seu sistema radicular comprometido devido ao corte do terreno para abertura de rua, oferecendo grande risco de queda devido à perda de sua estabilidade.”

Rigotto, entretanto, contesta a decisão. “Apesar de ter tido um corte em pontas da raiz, a maioria do caule central e as demais raízes davam sustentação à árvore”, diz.