A Polícia Civil iniciou uma operação em Gramado, visando investigar restaurantes suspeitos de praticar lavagem de dinheiro. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em seis estabelecimentos. Até o momento, ninguém foi preso.
Estiveram participando da operação 43 policiais civis com apoio de dez viaturas. A suspeita é de que cinco restaurantes e uma loja de vestuário estejam envolvidas com lavagem de dinheiro por parte de uma facção criminosa.
Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, nove em Gramado e dois no litoral norte. Além disso, foram autorizadas apreensões de documentos e bens em diferentes locais, incluindo a residência do suspeito em um condomínio de classe alta, duas holdings que serviam como fachada na região da Serra Gaúcha e uma casa em um condomínio de luxo em Capão da Canoa.
A Justiça também autorizou o afastamento do sigilo bancário, fiscal e bursátil de 15 pessoas físicas e jurídicas sob investigação, resultando na indisponibilidade de bens devido ao pedido de bloqueio. Dentre os bens apreendidos, estão dois veículos cuja avaliação totaliza mais de R$ 2 milhões.
Segundo a 2ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (2ª DPRI), com sede em Gramado, que está à frente das investigações, estas começaram devido ao rápido aumento do patrimônio e à abertura de empreendimentos gastronômicos.
“O objetivo é combater a lavagem de dinheiro da organização criminosa no setor gastronômico de Gramado, o que prejudica os empresários do ramo, que trabalham com dedicação para oferecer serviços de qualidade e estão preocupados com o crescimento das atividades investigadas. Não podemos permitir que essa organização se infiltre em uma atividade econômica tão importante para o turismo da região, que é considerada um dos principais destinos turísticos do Brasil”, afirma o delegado Gustavo Barcellos.