Nesta terça-feira (29) os órgãos de segurança pública, principalmente ligados a Polícia Civil, anunciaram uma paralisação a nível estadual. As atividades estarão suspensas até as 18h desta terça e também ao longo do dia da quinta-feira (31). Apenas situações de urgência como estupros, homicídios e atendimentos a crianças, adolescentes e idosos, por exemplo, estão normalizadas.
Esta paralisação de serviços tem o objetivo de chamar a atenção do governo gaúcho sobre a falta de diálogo. De acordo com o delegado Fernando Soares, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (ASDEP), fazem sete meses que as entidades de Segurança Pública tentam um encontro com o executivo estadual. A principal pauta deste será a reposição salarial.
Soares esclarece que não houve reposição salarial para as categorias nos últimos anos e nem há perspectiva para os próximos, totalizando 18 anos sem reajustes. Porém, não há uma exigência de percentuais, o intuito é conversar e chegar em um acordo.
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“Nós não estamos definindo um percentual, até porque essa reivindicação de paralisar as atividades é em busca de que o governo abra um diálogo conosco. O que nós estamos levando ao governo é que os últimos sete anos teve uma inflação maior do que 50% e os quatro anos do governo Eduardo Leite, nós temos uma inflação de 24%. Então nós estamos apresentando os dados e queremos dialogar com o governo, porque se nós definíssemos um índice já concreto, ai não seria diálogo, o que nós queremos é levar nossas dificuldades para o governador e ai junto com sua equipe, ele pode justificar o quanto pode oferecer.”
O presidente da Associação dos Delegados acredita que por Ranolfo Vieira ser da área de Segurança Pública, ao assumir, uma de suas primeiras atividades será chamar os representantes das entidades para uma conversa.
