Depois de quase cinco anos em que a fábrica de móveis Todeschini, de Bento Gonçalves, anunciou o projeto para triplicar a capacidade de produção da indústria, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) emitiu, nesta quinta-feira, dia 18, a licença de instalação que autoriza o início das obras de ampliação da fábrica na cidade, depois de dois anos que o governador entregou em Bento a licença prévia, em fevereiro de 2016.
A empresa será ampliada em 216.808,75 m², dos quais 97,6 mil m² serão de área construída. De acordo com o projeto, a capacidade produtiva da empresa passará de 3,5 milhões para 11,9 milhões de peças por mês. Serão investidos cerca de R$ 450 milhões na obra, que irá gerar cerca de 1,5 mil empregos diretos. Com a ampliação, a empresa mais do que triplica sua capacidade de produção.
Para obter a licença, a empresa precisou apresentar uma série de medidas compensatórias, entre elas a aquisição e a recuperação de áreas de preservação permanente. Também serão feitas melhorias no acesso viário, de modo a reduzir o trânsito de veículos de carga que circulam por dentro da cidade.
Além disso, a Todeschini firmou com a Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), um termo de compromisso de compensação ambiental, cujo objetivo é aportar um percentual do valor investido no empreendimento em Unidades de Conservação.
“O investimento da Todeschini, assim como outros tantos que estão sendo viabilizados no RS, são exemplos que indicam a retomada gradual da confiança e do crescimento da economia do Estado”, afirma o governador José Ivo Sartori. “Seguiremos trabalhando sem demagogia e com muita seriedade para recolocar o Rio Grande no lugar que merece”, acrescenta.
“Estamos felizes porque foi possível superar os entraves e liberar essa licença que garantirá a geração de milhares de novos empregos para a região”, completa a diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini.
A ampliação do parque fabril da empresa bento-gonçalvense com atuação há quase 80 anos esteve ameaçada pelas dificuldades para a garantia das licenças ambientais para a obra, por conta das exigências em relação à existência de Mata Atlântica no local. O impasse chegou a fazer com que a empresa avaliasse uma proposta recebida do estado de Alagoas para transferir o investimento, o que não se concretizou.