Amparada no amplo sucesso que a experiência de lavar um intestino em tamanho gigante à ExpoBento no ano passado para debater e conscientizar sobre o câncer de intestino, este ano a equipe médica do hospital Tacchini duplicou a experiência. Desta vez, além do intestino dois pulmões – um doente e um sadio – em tamanho ampliado fazem parte da experiência cognitiva que os visitantes da feira terão.
Para relatar esta experiência e falar da importância do combate e detecção precoce do câncer, uma equipe multidisciplinar do Tacchini reuniu a imprensa regional na manhã de quarta-feira dentro da ExpoBento. Chefiada pela diretora médica Roberta Pozza e contando com a participação do onco radiologista Fernando Obst e de outros profissionais, a equipe demostrou sua satisfação por ver o interesse das pessoas no esclarecimento sobre os riscos do câncer. A exposição do intestino já obteve 6.900 visitações ao passar em diversos espaços públicos
Os profissionais ainda atestaram a dificuldade em fazer fumantes deixarem o hábito ou mesmo de obterem candidatos para um programa de desintoxicação gratuita. Entre os três mil visitantes que este ano já percorreram o interior dos protótipos, nenhum tabagista aceitou ingressar no programa.
Segundo Obst, é muito fácil fazer alguém já diagnosticado com câncer largar o cigarro imediatamente. Entretanto, os parentes deste mesmo doente, não deixam o vício.
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Outra informação relevante quem dá é a gerente do Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde (ITPS), doutora Juliana Giacomazzi: o fumante após ter cessado o hábito de fumar, em cinco anos, diminui em 50% o risco de contrair câncer. Depois de 15 anos as chances de ter câncer se igualam às de quem nunca fumou.
Já a enfermeira Sara Jane de Souza, coordenadora do programa municipal de controle ao tabagismo lembra que as pessoas costumam dizer que fumar acalma “Não acalma não, é apenas um hábito que precisa ser mudado”. Tanto o Tacchini, através do seu serviço de prevenção a doenças, o Prevenire, como a saúde pública através dos Caps, dispõem de programas de auxílio para o controle deste hábito. Como frisou a dra. Roberta Pozza, não há receita única para esta questão. “É como fazer um terno, tem que ser sob medida para cada pessoa”!. Uns vão conseguir sozinhos, outros precisam de adesivos, gomas de mascar ou até medicamento. No que todos concordam é que o envolvimento e apoio da família é essencial para que o viciado se livre do hábito.
“O circuito do intestino e do pulmão gigantes, fazem parte de projetos do ITPS, e nestes projetos estão sendo disponibilizados exames gratuitos de detecção e rastreamento de câncer de intestino e de pulmão”, explica Juliana Giacomazzi.
No local, estão presentes as senhoras do Departamento de Voluntariado e pessoas que integram o Grupo de Humanização do Hospital Tacchini. Juntas elas mostram o projeto ‘Troco Solidário das Farmácias Tacchimed, onde as pessoas podem doar parte do seu troco para ações a serem realizadas pelo Grupo de Humanização, pelo Departamento de Voluntariado e pelo ITPS. Para as crianças há distribuição gratuita de esculturas de balões e pintura no rosto.
