Projetos da Prefeitura de Caxias do Sul irão contemplar 90 famílias na Zona Sul da cidade. O município conta com 20 terrenos no Loteamento Morada do Vale que serão destinados para realocar moradores de área de risco na Vila Sapo, na Zona Norte. No mesmo local, em parceria junto ao governo estadual, 25 terrenos irão atender pessoas atingidas pela tragédia climática do ano passado. Serão construídas duas casas por terreno.
A área em questão está localizada na avenida Miguel Alves da Paz, esquina com a rua Professor Ruy Pauletti, aos fundos do Loteamento Oriental. A Prefeitura faz a terraplanagem no local uma vez que as casas serão construídas no modelo radier, um tipo de fundação.
As informações são do secretário municipal de Habitação José de Abreu. De acordo com ele, os moradores da Vila Sapo já foram conhecer o local e de forma paralela o município está fazendo a licitação para construção.
O titular da pasta relata a preocupação com futuras catástrofes climáticas. Ele informa que Caxias tem cerca de 500 famílias em áreas de risco e que precisam ser realocadas o quanto antes.
“Não podemos esperar acontecer outra catástrofe climática. Muitos bairros tem famílias em área de risco na cidade, são cerca de 500 famílias. Precisamos buscar a remoção o quanto antes”.
Ao todo, a Prefeitura conta com 140 terrenos urbanos no local. Para os outros 95, o secretário relata a busca por recursos do governo Federal para construção de moradias.
Condomínio residencial para idosos
O secretário relata ainda a busca de verba para viabilizar outros projetos. Entre eles, está a construção de uma condomínio residencial para idosos em vulnerabilidade social. Ele conta que muitos idoso sem filhos acabam procurando ajuda na Habitação.
“O idoso vai ocupar pelo período de vida, depois o imóvel do município será repassado para outro. Pretendemos construir praça, academia ao ar livre e lavoura comunitária dentro do residencial. É um projeto já existente que queremos trazer para cá”, explica.
Inicialmente o projeto deve contemplar vinte moradias, com a mobília já inclusa. Uma área na região do Diamantino está sendo avaliada.
Aumentar a abragência
O secretário relata a busca por diminuir o déficit habitacional e a inadimplência dos pagamentos do Funcap. “Não temo como falar em desenvolvimento de uma cidade se não falar em construir moradias“.
Além disso, ele cita a intenção de construir loteamentos populares para trabalhadores, por meio do Minha Casa Minha Vida – entidades, para atender outra parcela da população que não se encaixa no CadÚnico.
“Atingir todas as classes sociais, aumentar a abrangência. Hoje o trabalhador não consegue comprar uma casa, 90% vive no aluguel”, conclui.