Comportamento

Professores e monitores passam por capacitação no atendimento a alunos autistas em Farroupilha

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Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM

A quarta-feira (28) marcou a visita de monitores e professores da Rede Municipal de Ensino de Farroupilha à Associação dos Pais e Amigos dos Autistas (Amafa) para uma capacitação. A ação integra o evento de Inclusão para o Autismo do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Farroupilha.

O objetivo da ação é contribuir para o direito constitucional da inclusão de autistas no ambiente escolar e, assim, promover momentos de estudo e reflexão sobre as necessidades desses alunos, como explica o professor do IFRS, Murilo Azevedo.

“O objetivo aqui é fazer com que eles tenham essa imersão em uma perspectiva prática. Que eles tenham contato com os usuários aqui da Amafa, que eles consigam ver o que acontece no dia a dia do tratamento e na educação destas crianças que hora estão na sala de aula, hora estão em casa e hora tem o atendimento aqui na Amafa. Então, essa parte prática é bem importante”, disse.

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Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM

Já a diretora da Amafa, Aline da Rosa, comentou que essa capacitação é importante para que mais alunos com o espectro autista possam ser ainda mais incluídos nas escolas regulares.

“Aumenta essa possibilidade porque a maioria destes professores e monitores que estão aqui são profissionais que estão fazendo atendimento na rede pública, na rede municipal de ensino com estes alunos, que não necessariamente são alunos da Amafa. Então acredito que este número de atendimento para nós e com essa capacitação, pode aumentar esse número. Já que podemos olhar e pensar que essa crianças pode ter alguma característica que representa o autismo”, disse.

Uma das idealizadoras do projeto, a coordenadora do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab) de Farroupilha, Flavia Wosniack, comentou que é na escola que a criança autista recebe o primeiro contato com a sociedade e que este momento de capacitação é muito importante para a inclusão do aluno.

“A gente tenta fazer o possível para colocar essa criança em um ambiente onde ela não se sinta excluída, que os colegas de sala saibam lidar com a criança autista e amanhã essa criança será um cidadão. Ela irá até a farmácia comprar um remédio e o farmacêutico terá que saber atender, se for em uma fábrica, teu colega pode ser autista, e a pessoa terá que saber lidar, como reagir, e tudo isso começa na escola”, comentou.

As visitas guiadas na Amafa dentro do projeto do IFRS seguem nesta quinta-feira (29) e sexta-feira (30).