Bento Gonçalves

Primeiro Encontro Nacional de Confrarias do Vinho conhecimento e oportunidades

Palestra na Fundação Casa das Artes- “Vinho brasileiro: Expressão e Diversidade” (Foto: Dariano Moraes)
Palestra na Fundação Casa das Artes- “Vinho brasileiro: Expressão e Diversidade” (Foto: Dariano Moraes)
Palestra na Fundação Casa das Artes- “Vinho brasileiro: Expressão e Diversidade” (Fotos e vídeos: Dariano Moraes)

O Primeiro Encontro de Confraria de Vinhos que ocorre neste sábado, 28, em Bento Gonçalves, ilustra uma programação tão diversificada quanto o próprio vinho.

Unindo pessoas com interesse profissional e cultural pela bebida, transforma momentos em conhecimento, oportunidade e confraternização.

A Fundação Casa das Artes que abriga em si o simbolismo da sensibilidade, acolheu em seu espaço, pessoas de várias partes do Brasil para ouvir quem viaja atrás de experiências envolvendo a bebida e escreve com propriedade sobre o que vê e aprecia com paladar observador. Na mesa, o tema  “Vinho brasileiro: Expressão e Diversidade”.

O evento promovido pela Bento Convention Bureau conta com o da Prefeitura, através das secretarias de Turismo e da Cultura, Governo do Estado, Ibravin, CIC, Tuttovino e Valle Azul. Na abertura a presidente da entidade  Sabrina Spiandorello Cardoso, deu ênfase a primazia deste pioneirismo de troca de conhecimento e oportunidades através de palestras com pessoas que são referência no mundo do vinho e brindam os participantes com suas vivências.

Um dos palestrantes do evento é Rogério Dardeau Membro da Federação Internacional dos Jornalistas de Vinhos e Destilados, que percorre o mundo em busca de experiências e já está no seu quarto livro sobre vinho.

Vinho é um prazer pessoal

Ele chama atenção para a expansão geográfica do vinho no Brasil e em especial no Rio Grande do Sul onde já percorreu mais de três mil quilômetros para implementar sua pesquisa de novos produtores. Descobriu nos mais diversos lugares o que chama de terreau, um sabor próprio, que se traduz na identidade de cada local que produz vinho.

Ele cita que embora o Brasil tenha uma tradição histórica na produção de açúcar e café, por exemplo, é preciso destacar o pioneirismo e a ousadia do reconhecimento do Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos.

“Vinho é um prazer pessoal. Liberdade é fazer escolhas. Não gosto muito de concursos porque direcionam o consumidor. Cada pessoa tem o seu gosto e temos explorar melhor isso. Eu realizo inúmeras degustações às cegas e as pessoas não imaginam o padrão de qualidade dos vinhos brasileiros. Nós temos vinhos finos comparáveis a grandes vinhos do mundo, concluiu.”

O segundo palestrante focado na gastronomia foi o chef de cozinha Thiago Castanho, apresentador de programa de reality Cozinheiros em Ação no GNT e três vezes premiado como chef do ano.  Narrou sua experiência sobre a forma como o vinho é conceituado em Portugal, onde morou durante seis meses.

Vinho não é bebida alcoólica, é alimento

“Eu percebi que vinho não era bebida alcoólica, era alimento. Ao perceber que a bebida estava intimamente ligada com comida. Então, toda refeição tinha que ter vinho”.

Ele cita os conceitos que se cria em lugares quentes como o Brasil, atrelados a bebidas frescas, fazendo uma conexão com vinho branco que remete à pratos à base de peixe e frutos do mar.

O Mestre em Turismo, Ivane Fávero e o chef Rodrigo Bellora, proprietário do Restaurante Valle Rústico, mediaram o encontro instigando ainda mais os palestrantes sobre suas experiências e definições.

Após falar sobre conceitos e tendências no enoturismo e gastronomia os confrades e confreiras promovem o Encontro das Taças, a partir das 19h30, em confraternização que ocorre no Centro Empresarial, jantando e degustando vinhos e espumantes originários de diversas regiões produtoras com repertório musical da banda Farina Brother’s.