Em audiência pública realizada na última quinta-feira (27) de outubro, no Legislativo Caxiense, os números da área da saúde pública foram divulgados e detalhados pela Secretaria da Saúde, promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Na prestação de contas foram apresentados os gastos, receitas e projeções para 2023.
Prestação de contas
A prestação de contas contou com o detalhamento dos dados pela Secretaria da Saúde. Conforme os relatórios, houve acréscimo de recursos e aumento de serviços prestados em 2022, entre maio e agosto. Dos dados de receitas municipais foram somados R$ 182.664.060 e em despesas o valor ficou próximo de R$ 182.405.730. Das despesas, os maiores gastos são com pessoal, que chegaram a R$ 71.962.481; os serviços em R$ 49.732.850; a subvenção, que é o valor que o município acrescenta além da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) que está defasada, em R$ 31.056.815; e contrato de gestão para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com custo de R$ 19.309.672.
Os atendimentos prestados pelo município contou com marca de 9.449 internações hospitalares e 482.016 consultas e procedimentos ambulatoriais.
Para o vereador Rafael Bueno (PDT), presidente da Comissão de Saúde, os valores aplicados na saúde são valores importantes que reflete para a comunidade. Porém, ele ressalta que ainda há preocupação referente as subvenções e as projeções para o ano de 2023, pois conforme apresentado pela secretária da saúde, Daniele Meneguzzi, a pasta terá que apertar ainda mais os gastos devido ao déficit orçamentário previsto pelo município.
“O que mais importa são as pessoas que são atendidas nos hospitais, nas UBSs, e esses números e milhões que são aplicados são traduzidos no atendimento da nossa população. E dados preocupantes e projeções para o ano de 2023, que a secretária apontou, é muito preocupante, pois a nossa saúde de Caxias do Sul está na UTI, está com a bandeira preta. O déficit orçamentário para o ano de 2023, segundo apresentado pela secretária de R$ 430 milhões, que será reduzido no orçamento da pasta na Secretaria de Saúde. Será preciso discutir serviços e escolher o que será cortado e o que será mantido”.
O parlamentar ainda salienta que a saúde na cidade é “deficitária em números”. “Cerca de todo o valor que é investido na secretaria de orçamento, somente 2% do que sobra é reinvestido para comprar materiais, utensílios para trabalho dos enfermeiros, dos médicos, para consertos nas UBSs, para comprar uma ambulância, mas é um valor pequeno para ser reinvestido”, destaca.
Houve questionamentos por parte do vereador referentes ao custeio de 118 leitos que devem ser abertos no Hospital Geral (HG), sobre insfraestrutura das UBSs, contratação de médicos, atendimento odontológico, custo de exames, entre outros assuntos. Sobre os atendimentos do HG, a secretária ressaltou que a manutenção do hospital é do Estado e que Caxias vai custear o que for preciso dos atendimentos de Caxias e não de outros municípios. Porém, sobre os leitos, ainda não há definição de uma data para abertura dos mesmos.
Confira os detalhes da audiência pública e as respostas da secretária: