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Prefeitura de Porto Alegre avalia documentos para contrato de demolição do Esqueletão

Sem novidades desde agosto, processo ainda será lançado para escolher empresa que fará os trabalhos

(Foto: Guilherme Almeida)
(Foto: Guilherme Almeida)

A Prefeitura de Porto Alegre está avaliando a documentação do futuro contrato de demolição do Edifício XV de Novembro, conhecido como Esqueletão, que será demolido em operação mista. As informações são da Secretaria de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPAE). Esta etapa ainda não tem prazo para ser finalizada. Em agosto, o prefeito Sebastião Melo havia anunciado que este havia sido o modelo escolhido para execução dos trabalhos no prédio, que tem 19 andares e está localizado no coração do Centro Histórico, na rua Marechal Floriano Peixoto.

É antigo o trâmite da demolição do edifício, construído na década de 1950 pela Sociedade Brasileira de Construção, porém nunca concluído. Ainda em 1988, o local foi parcialmente interditado pela Justiça, em processo favorável à Prefeitura. Em 2003, a Administração entrou com ação pedindo a finalização do prédio. Ela foi concluída em 2005, com o cumprimento de nova interdição. Ao longo dos anos, houve novas tratativas, com a adesão de órgãos como o Ministério Público (MPRS) e Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Este, por sua vez, autorizou a demolição em abril deste ano. O custo para execução do modelo misto é estimado pela Administração em R$ 3,9 milhões, em um prazo de 120 dias. O laudo e as análises técnicas que subsidiaram a escolha deste formato foram feitas pelo Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), considerando eventuais riscos aos prédios próximos, por exemplo.

Os trabalhos custaram R$ 254,9 mil. A Prefeitura afirma que, a partir dos resultados do laudo, constatou-se que o método é mais seguro, a execução mais rápida e a tecnologia já está consolidada no mercado. A demolição do Esqueletão, prédio com mais de 13 mil metros quadrados, deverá ser manual em nove andares, por meio do uso de ferramentas como marteletes, talhadeiras e ponteiros, e mecânico, com máquinas e equipamentos pesados.

Depois, os andares remanescentes serão implodidos com explosivos. Além da SMPAE, atua no projeto a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). Após a demolição, o projeto também prevê o gerenciamento dos resíduos resultantes da demolição e da implosão. Até 2021, quando foi cumprida a ordem de desocupação, o prédio era ocupado por comerciantes que mantinham suas lojas no local, bem como demais inquilinos, e a avaliação é de que o mesmo ainda apresenta riscos estruturais aos frequentadores da área.

Fonte: Correio do Povo