A expectativa pelas festas de final de ano, Natal e Réveillon, também movimentam o mercado. Após o aumento de preços de itens como óleo de soja, leite e arroz, especialmente, outros produtos devem sofrer um realinhamento de valor nesta reta final de 2020. Ao menos, é o que acredita o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Agas, Antônio Cesa Longo.
Durante entrevista ao Jornal da Manhã Edição da Serra Gaúcha da Jovem Pan 92.5 FM, o presidente, que também é proprietário da rede Apolo de supermercados, cita que a chegada dos festejos tradicionais em meio a um grau elevado de exportações, pode encarecer o preço da carne suína e as aves de Natal.
“Uma expectativa de um reajuste de 30% a 40% na carne suína e nas aves de Natal. Esse é um ônus que vamos ter que pagar. As carnes de festas de final de ano ficarão com reajuste bem acentuado em relação ao ano passado. Arrisco de 30 a 40%”, diz Longo.
“Garantimos que não iria faltar produto e foi realmente o que aconteceu”
Mesmo em meio a pandemia, os supermercados gaúchos não sofreram com falta de produtos. Houve até um certo receio de desabastecimento, mas nenhum item faltou nas gôndolas. Os preços subiram, é verdade, mas no Rio Grande do Sul, diferente até de outros estados, todos os produtos estavam à disposição.
Antônio Cesa Longo acredita que a grande concorrência entre os estabelecimentos também evitou que alguns itens aumentassem ainda mais de preço ao consumidor. Por exemplo, o leite. Grande parte das redes e mercados “bancaram do próprio bolso” o reajuste para o valor ao consumidor não ser ainda mais caro.
“Em função da grande concorrência, é impossível você colocar o preço necessário. A formação do preço hoje vem da ponta pra base. Em alguns itens houve esse aumento. A situação cambial. Agora teve um reajuste, mas a nível mundial o Brasil é um dos países com menor custo na alimentação. Tivemos esse aumento no arroz, uma estabilização no feijão”, salienta Longo.
Preço deve permanecer em alta
O presidente da Agas reforça que o valor do óleo de soja deve permanecer alto em 2021, por conta da safra do ano que vem já estar comprometida para os mais diversos setores.
“Óleo de soja, a produção de 2021 está comprometida, para óleos, ração, biodiesel. Os produtores já tem suas vendas garantidas para 2021. Essa conta continuará alta para os consumidores”, finaliza.