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"Política é ampliar os limites do possível", afirma Leite

Ex-governador anunciou pré-candidatura ao governo do RS

Foto: Alina Souza/ Divulgação
Foto: Alina Souza/ Divulgação

No primeiro dia como pré-candidato oficial do PSDB ao Piratini nas eleições de outubro, Eduardo Leite minimizou os episódios políticos que geraram descontentamento e indignação no MDB gaúcho e que podem ser decisivos para inviabilizar a parceria entre os partidos. O primeiro foi a menção de Leite, de sua preferência por Gabriel Souza, enquanto o MDB ainda estava no processo de escolha. O segundo, foi a exigência pública da cúpula nacional tucana sobre o apoio do MDB no Rio Grande do Sul para garantir a adesão tucana à chapa nacional de Simone Tebet.

“O descontentamento representaria superestimar minha capacidade de influência. Gabriel, como deputado, tem conhecimento sobre a agenda do Estado. Foi o que comentei. Jamais iria tentar interferir, não fiz isso nem no meu partido”, disse, em entrevista ao programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba. Sobre o cenário nacional, Leite afirmou que também há frustração no PSDB, que pela primeira vez em sua história, de 34 anos, não terá candidato próprio na sucessão presidencial.

Leite está confiante de que, apesar das resistências no MDB gaúcho, que sustenta a manutenção da pré-candidatura de Gabriel Souza, inclusive em reunião nesta terça-feira, com o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, é possível avançar. “O MDB tem toda legitimidade, mas política se faz sentando e conversando. Política é ampliar os limites do possível”, afirmou. Sobre o descumprimento da promessa de que não concorreria ao Piratini, Leite disse estar tranquilo. Para ala de eleitores, de fato, o recuo até pode não ter peso. Já para os antigos aliados, que esperavam reciprocidade, o jogo é outro. E vai ser pesado.

Fonte: Correio do Povo